Mapeando o inexistente: os estudos de recepção cinematográfica, por que não interessam à Universidade brasileira?

Contemporanea

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ISSN: 23161329
Editor Chefe: Jorge Leite Júnior
Início Publicação: 31/12/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Sociologia

Mapeando o inexistente: os estudos de recepção cinematográfica, por que não interessam à Universidade brasileira?

Ano: 2005 | Volume: 3 | Número: 2
Autores: MASCARELLO, Fernando
Autor Correspondente: MASCARELLO, Fernando | [email protected]

Palavras-chave: Recepção Cinematográfica, Cinema Brasileiro, Teoria do Cinema

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste trabalho1, investigamos os aspectos teóricos e político-institucionais que consideramos responsáveis pela absoluta marginalização do interesse pela recepção cinematográfica nos estudos brasileiros de cinema, tais como: 1) a sobrevivência do glauberianismo como cânone estético-teórico; 2) a ausência de vontade político-acadêmica para dialogar com a produção teórico-metodológica internacional – como os estudos culturais e o cognitivismo – que, surgindo a partir dos anos 1980, se contrapõe, na área da espectatorialidade, ao textualismo modernista típico dos estudos de cinema na década de 1970; e 3) a hipertrofia e o anticontextualismo da área da análise fílmica, desviando o olhar do espectador concreto. Ao final, como parte de um movimento de ruptura com essa situação, apresentamos nosso projeto de pesquisa em andamento, denominado “Discursos do público sobre o cinema brasileiro”.



Resumo Inglês:

This paper discusses the theoretical and the political/institutional aspects which were considered responsible for the absolute marginalization of the interest in cinematic reception in film studies in Brazil, such as: 1)the survival of Glauberianism as the theoretical and aesthetical canon; 2)the absence of political-academic wish to dialogue with the international theoretical and methodological output - such as cultural studies and cognitivism - which, appearing in the 1980s, oppose, in the field of spectatorship, the modernist textualism typical of cinema studies in the 1970s; and 3) the hypertrophy and anticontextualism of the field of film analysis, preventing the look towards the actual spectator. At the end, as part of a movement of rupture with the present situation, the article presents ongoing research project, named “Discourses of the audience on Brazilian cinema”.