Manoel de Barros, o poeta do devir

e-scrita

Endereço:
Rua Prof. Alfredo Gonçalves Filgueiras, 537 Centro
Nilópolis / RJ
26.525- 060
Site: http://www.uniabeu.edu.br/publica/index.php/RE/index
Telefone: (21) 2104-0450
ISSN: 2177-6288
Editor Chefe: Shirley de Souza Gomes Carreira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Letras

Manoel de Barros, o poeta do devir

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Márcio Sales da Silva
Autor Correspondente: Márcio Sales da Silva | [email protected]

Palavras-chave: devir, encontro, invenção.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A poesia de Manoel de Barros é uma afirmação do devir. A noção de devir surge entre os gregos com a
intenção de explicar o movimento, a transformação das coisas e a criação do novo. Ela é discutida, por
exemplo, por Heráclito que reconhecia a mudança permanente de tudo o que existe. Na atualidade, o filósofo
Gilles Deleuze debruça-se sobre o conceito de devir e o experimenta a partir dos encontros. As coisas em
movimento se esbarram umas com as outras, de maneira que acontece uma mútua afetação que faz com elas
estejam o tempo inteiro se modificando. E os encontros são múltiplos; bem como a possibilidade de invenção
de novas relações e novas composições. É assim que Manoel de Barros pode ser visto como o poeta do devir.
Em sua poesia a invenção é a marca principal; e ela é feita através da mistura dos corpos e das palavras.



Resumo Inglês:

The poetry of Manoel de Barros is an affirmation of becoming. The notion of becoming appears among the
Greeks with the intention to explain the movement, the transformation of things and the creation of the new.
It is argued, for example, by Heraclitus who recognized the permanent change of everything that exists. In
the present time, the philosopher Gilles Deleuze leans on the concept of becoming and tries it through the
encounters. Things in movement encounter one another so that a mutual affectation happens that makes them
change all the time. And those encounters are multiple; as well as the possibility of invention of new
relations and new compositions. It is that way Manoel de Barros can be seen as the poet of becoming. In his
poetry invention is the main mark; and it is made by means of the mixture of bodies and words.