Macunaíma, um malandro alegórico

Odisseia

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ISSN: 1983-2435
Editor Chefe: Samuel Anderson de Oliveira Lima e Marcelo da Silva Amorim
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras, Área de Estudo: Linguística

Macunaíma, um malandro alegórico

Ano: 2018 | Volume: 3 | Número: 1
Autores: R. Amado
Autor Correspondente: R. Amado | [email protected]

Palavras-chave: Macunaíma, malandro, trickster, Makunaima, alegoria

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Pretende-se demonstrar, neste artigo, que Macunaíma é um malandro. Para isso, é feita uma apresentação de tal conceito, de acordo com a obra de Roberto DaMatta, Carnavais, malandros e heróis, cotejando-o com as definições de renunciador e de caxias, igualmente apresentadas pelo antropólogo. São extraídas as características essenciais do malandro e é verificado se Macunaíma as possui. Chega-se a uma resposta afirmativa, o que leva à conclusão de que o personagem marioandradiano é um malandro. Passa-se a um breve estudo da alegoria e a uma análise do caráter alegórico de Macunaíma, buscando-se compreender o que pretendeu o autor do clássico modernista ao criar um protagonista que é uma alegoria de um trickster mitológico, qual seja, Makunaima. Ao final do artigo, espera-se que reste demonstrado que Macunaíma não é o ansiado herói nacional, pois tal função redentora caberá a um renunciador, não a um malandro, pelas razões que foram apresentadas.



Resumo Inglês:

This article seeks to demonstrate that Macunaíma is a malandro (rogue). To accomplish this, a presentation of such a concept is made, comparing it with the definitions of renunciator and caxias (squared), all of which are in accordance with the work of Roberto DaMatta. The essential characteristics of the malandro are identified, and it is verified if Macunaíma possesses them. We come to an affirmative answer, which leads us to the conclusion that the Andrade’s character is a malandro. A brief study of allegory and an analysis of the allegorical character of Macunaíma is done, seeking to understand what Andrade intended in creating a protagonist who is an allegory of a mythological trickster, Makunaima. At the end of the article, we intend to have demonstrated that Macunaíma is not the longed-for national hero, because this redemptive function is for a renunciator, not a malandro.