LUTAS E RESISTÊNCIAS INDÍGENAS NO PERÍODO COLONIAL: MISCIGENAÇÃO E ETNIFICAÇÃO, NOVAS ABORDAGENS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

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ISSN: 2674-5968
Editor Chefe: Nedy Bianca Medeiros de Albuquerque
Início Publicação: 31/12/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

LUTAS E RESISTÊNCIAS INDÍGENAS NO PERÍODO COLONIAL: MISCIGENAÇÃO E ETNIFICAÇÃO, NOVAS ABORDAGENS PARA O ENSINO DE HISTÓRIA

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Antonio Maicon Batista Bezerra
Autor Correspondente: A. M. B. Bezerra | [email protected]

Palavras-chave: Resistência, Etnificação, Ensino de historia.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O período colonial brasileiro (1500-1822) foi marcado por intensas revoltas, sedições e rebeliões, causadas por inúmeros motivos e protagonizadas por diversos grupos étnicos, sobretudo, pelos naturais da terra, os indígenas. Estes foram os grandes prejudicados pelo processo de expansão territorial “brasileiro” na América portuguesa, que vitimou grande parte da riqueza étnica que habitava este território. Porém, ao contrario das perspectivas pessimistas que colocam o indígena sempre em posição de coadjuvante frente o colonizador, visão essa, que ainda é amplamente disseminada nas instituições escolares de todo pais. Objetivamos evidenciar os diversos movimentos de resistência indígena que se desdobraram durante o processo de expansão e ocupação do território brasileiro no período colonial, pondo-os como ferramentas fundamentais para a miscigenação e constituição da cultura brasileira, bem como para o processo de transformação cultural dos grupos indígenas. Essa abordagem procura lançar luz para novas perspectivas no Ensino de Historia, no que se refere a temas como, Expansão Territorial Brasileira dentre outros. Para isso, utilizamos amplamente do conceito de etnificação, presente na dissertação de Friedrich Câmara Siering, “Conquista e Dominação dos Povos Indígenas: Resistencia no Sertão dos Maracas (1650-1701)”, como metodologia utilizemo-nos de pesquisa exploratória com uma abordagem qualitativa e procedimento de revisão bibliográfica. As pesquisas elucidam uma realidade mais complexa no contato entre índios e europeus, indicando que não se tratou apenas de genocídio étnico tão pouco uma relação passiva entre dominador e dominado, ao contrario, os grupos indígenas pautavam suas ações em nítida vontade politica com vistas a alcançar objetivos próprios.



Resumo Espanhol:

El período colonial brasileño (1500-1822) fue marcado por intensas revueltas, sediciones y rebeliones, causadas por innumerables motivos y protagonizadas por diversos grupos étnicos, sobre todo, por losnaturales de latierra, los indígenas. Estosfueronlos grandes perdedores delproceso de expansión territorial “brasileño” enla América portuguesa, que mató a gran parte de la riqueza étnica que habitaban este territorio. Pero, al contrario de las perspectivas pesimistas que colocan al indígena siempreenposición de coadyuvante frente al colonizador, visiónesa, que aún es ampliamentediseminadaenlasinstituciones escolares de todo país. Objetivamos evidenciar los diversos movimientos de resistencia indígena que se desdoblaron durante elproceso de expansión y ocupacióndelterritoriobrasileñoenel período colonial, poniéndolos como herramientasfundamentales para elmestizaje y constitución de la cultura brasileña, así como para elproceso de transformación cultural de los grupos indios. Este enfoque busca arrojar luz para nuevas perspectivas en la Enseñanza de laHistoria, enlo que se refiere a temas como, Expansión Territorial Brasileña entre otros. Para ello, utilizamos ampliamenteel concepto de etnificación, presente enladisertación de Friedrich Câmara Siering, “Conquista y Dominación de losPueblos Indígenas: Resistencia enel Sertão dos Maracas (1650-1701)”, como metodologíautilizémonos de investigaciónexploratoriaconunabordajecualitativo y procedimiento de revisión bibliográfica. Lasinvestigacioneselucidan una realidad más complejaenelcontacto entre indios y europeos, indicando que no se tratósólo de genocidio étnico tanpoco una relaciónpasiva entre dominador y dominado, al contrario, los grupos indígenas pautaban sus accionesen clara voluntad política con miras a alcanzar objetivos propios.