A LITERATURA COMO EVIDÊNCIA HISTÓRICA: COTIDIANO POPULAR EM “O CORTIÇO” (1890)

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ISSN: 1807-6971
Editor Chefe: Rosangela Patriota Ramos
Início Publicação: 10/10/2004
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas

A LITERATURA COMO EVIDÊNCIA HISTÓRICA: COTIDIANO POPULAR EM “O CORTIÇO” (1890)

Ano: 2008 | Volume: 5 | Número: 3
Autores: Caio Figueiredo Fernandes Adan
Autor Correspondente: Caio Figueiredo Fernandes Adan | [email protected]

Palavras-chave: Brasil Império – Cortiços – Classes Populares

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A utilização das fontes literárias vem se configurando como um dos novos desafios propostos pela historiografia recente. Testemunhos históricos “sofisticados”, as fontes literárias sugerem abordagens diversas sobre o passado. Este trabalho apresenta algumas reflexões sobre o romance O Cortiço, escrito por Aluísio Azevedo. Publicado pela primeira vez em 1890, seu enredo gira em torno do cotidiano das classes populares na cidade do Rio de Janeiro durante os últimos anos do Império. Cruzando elementos da narrativa com a bibliografia selecionada, procuramos enfatizar possíveis aproximações entre o olhar lançado pelo autor e a produção historiográfica brasileira contemporânea, numa análise crítica dos projetos disciplinares pretendidos pelas classes dirigentes e das experiências de liberdade e autonomia das classes populares durante aquele período.



Resumo Inglês:

The use of literary sources is one of the challenges suggested by recent historiography. As “sophisticated” historical references, literary sources offer different approaches to the past. This paper presents some ideas about the novel O Cortiço, written by Aluísio Azevedo. Published for the first time in 1890, its story deals with the working classes quotidian at Rio de Janeiro during the last years of Brazilian Empire. Comparing elements of narration with a selected bibliography, we look for possible intersections between Azevedo’s perception and the contemporary Brazilian historical production, trying to analyze the ruling classes disciplinary projects and popular experiences of freedom and autonomy during that period.