Linhas imaginárias como paralelos, meridianos, fusos horários e fronteiras são freqüentemente vistas como limites naturais que não precisam ser questionados. O objetivo deste artigo é mostrar que essas divisões nos mapas são construções artificiais que se baseiam principalmente em interesses polÃticos e econômicos. A história da consolidação do primeiro meridiano desde a Antiguidade até a Conferência Internacional de Washington em 1884 é apresentada com exemplo para indicar que há narrativas e enredos complexos atrás das decisões de projetar o globo terrestre na superfÃcie plana de mapas. Argumenta-se que o estudo desses detalhes pode contribuir para um melhor entendimento desses processos e uma visão mais crÃtica da cartografia.
Imaginary lines such as circles of latitude, meridians, time zones and borders are frequently taken for granted as natural limits that do not need to be questioned. The aim of this article is to show that these divisions on maps are artificial constructions that are mainly based on political and economic interests. The history of the consolidation of the prime meridian from Antiquity to the International Meridian Conference in Washington in 1884 is presented as an example to indicate that there are complex narratives and plots behind the decisions to project the terrestrial globe on the plain surface of maps. The central argument is that the study of these details can contribute to a better understanding of these processes and a more critical vision of cartography.