LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PLANTAS INFESTANTES DE LAVOURA DE Coffea arabica L. NÃO IRRIGADA NO ALTO PARANAIBA- MG.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

Endereço:
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, UFV - Campus de Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310, Cx Postal 22
/ MG
38810-000
Site: http://www.simposiodabiodiversidade.com.br/ecb
Telefone: (34)3855-9023
ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

LEVANTAMENTO DAS PRINCIPAIS ESPÉCIES DE PLANTAS INFESTANTES DE LAVOURA DE Coffea arabica L. NÃO IRRIGADA NO ALTO PARANAIBA- MG.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Wellington Luiz de Almeida, Cláudio Pagotto Ronchi, Max Afonso Alves da Silva, Jéssica Guimarães Ribeiro, Leonardo Guasti de Oliveira, Carlos Eduardo de Oliveira Magalhães, Fernando Couto de Araújo
Autor Correspondente: Wellington Luiz de Almeida | [email protected]

Palavras-chave: biodiversidade, plantas daninhas, cafeicultura

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A ciência das plantas daninhas é uma ciência “jovem” e pouco conhecida, mas de grande
importância uma vez que está associada à maioria das culturas, e, consequentemente, à
produção mundial de alimentos. Esta ciência requer pesquisas que visem o aperfeiçoamento e
aprimoramento das diversas técnicas de controle, de maneira sustentável, minimizando os
impactos no meio ambiente. Nesse sentido, é preciso conhecer a composição da flora daninha
presente em determinada área, uma vez que existe uma enorme diversidade de plantas
infestantes, que se diferem morfológica e fisiologicamente. Objetivou-se com esse trabalho
identificar e quantificar as principais espécies de plantas daninhas presentes em lavoura recém
transplantada de café arábica (Coffea arabica L.) na região do alto Paranaíba-MG. O
levantamento foi realizado na fazenda Olhos D’água, município de Rio Paranaíba, sendo
utilizado para isso um quadrado com área interna de 0,25 m² (0,50 x 0,50 m) lançada
aleatoriamente na lavoura, em 16 pontos de amostragem por época de avaliação. O
transplantio foi realizado em dezembro de 2008. As amostragens foram feitas em três épocas
diferentes: 19/03/09 - 3° mês após o transplantio (Época 1), 20/05/09 - 5° mês após o
transplantio (Época 2) e 19/04/10 16° mês após o transplantio (Época 3). Em cada época, as
plantas daninhas presentes no espaço delimitado pelo quadrado foram coletadas, separadas
por espécie, identificadas, quantificadas e secas em estufa para determinação da matéria seca.
Com os dados obtidos foram calculados matéria seca ( em relação ao total amostrado) e as
seguintes variáveis: frequência; densidade; abundância; frequência relativa, densidade relativa
e abundância relativa; sendo que o somatório dessas três últimas variáveis resultaram no Indice
de Valor de Importância de uma dada espécie. As principais espécies encontradas, seus índices
de valor de importância (com IVI superior a 40%), e suas matérias secas, foram respectivamente
em ordem crescente de (IVI): Época 1: Brachiaria decumbens (55,17%; 49,69%);
Acanthospermum hispidinum (41,79%; 2,10%); Época 2: Richardia brasiliensis (57,63% 4,94%);
Sida rhombifolia (57,62%; 0,88%); Ageratum conyzoides (53,49%; 2,26%); Sida glaziovii (43,53%;
1,33%); Época 3: Brachiaria decumbens (54,57%; 36,70%); Sida rhombifolia (57,62%; 12,73%);
Spermacoce latifolia (42,58%; 17,63%). Através dos dados foi possível constatar alta dinâmica
da população de plantas infestantes na área, que sofreu alterações em sua composição
(variação do Índice de Valor de Importância, durante as épocas de avaliação). Isso mostra a
interação de determinadas espécies com fatores que podem variar com o tempo como, por
exemplo: disponibilidade hídrica e de nutrientes, luminosidade,e temperatura, que contribuem
para aumentar ou diminuir o potencial competitivo de determinadas espécies ao longo do ciclo
da cultura.