O artigo busca lançar luz sobre usos das letras herdados e mobilizados
pelos pueblos indÃgenas do centro-sul do México do perÃodo pós-independência.
Desde a época colonial, a escrita constituÃa um instrumento importante para que
as comunidades indÃgenas acionassem os tribunais vice-reinais em defesa de terras
e direitos. A elaboração das petições jurÃdicas apoiava-se no trabalho de mediadores
letrados, que transcreviam depoimentos orais. Com a independência da Nova
Espanha, em 1821, essa tradição se manteve, mas ajustada à s estruturas jurÃdicas
do Estado em formação. Ao mesmo tempo, ao longo do século XIX, os pueblos
continuaram a lutar pela presença de um professor de primeiras letras capaz de
alfabetizar e ensinar o espanhol às novas gerações.