Este artigo reconstitui na escrita de dois pensadores políticos florentinos da época as guerras da Itália, Maquiavel e Francesco Guicciardini, os usos da memória. A análise mostra como a vontade utilitária da historiografia florentina, que pretende ser útil a cidade e a comunidade de cidadãos, é afetada pelas guerras, sendo conduzida a pensar abertamente a história como história política do presente, a politizar a memória, a compreender que há na sua própria definição uma questão importante. O que é digno de memoria é então o que permite pensar a "qualidade do tempo", isto é, fornecer ferramentas de pensamento adaptadas aos problemas do presente.
This paper reconstructs in the writing of two Florentine political thinkers from the time of Italian wars, Machiavef and Francesco Guicciardini, the uses of memory. The analysis shows how the political will of Florentine historiography, which pretends to be useful to the city and the community of citizens, is affected by the wars, being fed to think openly history as the political history of the present, to politicize memory, to understand that there is in its own definition an important question. That which is worth of memory is then that which allows thinking of "time quality ", and offering thinking tools adapted to the problems of the present.
Cet article reconstitue dans l 'écriture de deux penseurs politiques florentins de l 'époque des guerres d 'ltalie, Machiavel et de Francesco Guicciardini, les usages de la mémoire. L 'analyse montre comment la volonté utilitaire de l 'historiographie florentine, qui prétend être utile à la cité et à la communauté des citoyens, est af fectée par les guerres, étant conduite à penser ouvertement l 'histoi re comme histoire politique du présent, à politiser la mémoire, à comprendre qu 'il y a dans sa définition même un enjeu de taille. Ce qui est digne de mémoire est alors ce qui permet de penser à la "qualité du temps ", de donner des outils de pensée adaptés aux problemes du présent.