Jogos cubanos: a ilha, hoje, em reportagens na primeira pessoa

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ISSN: 1415-0549
Editor Chefe: Cristiane Freitas Gutfreind
Início Publicação: 31/08/1994
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Comunicação

Jogos cubanos: a ilha, hoje, em reportagens na primeira pessoa

Ano: 2012 | Volume: 19 | Número: 1
Autores: Márcio Serelle
Autor Correspondente: Márcio Serelle | [email protected]

Palavras-chave: Cuba, Reportagem, Testemunho

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Reportagens em primeira pessoa sobre o declínio da Revolução
Cubana perfizeram, nos últimos anos, o movimento de troca da
narrativa do grande périplo pelo pequeno relato ancorado em
verdades pessoais. Este artigo examina duas dessas narrativas:
a do norte-americano Patrick Symmes (2011), Cubano por trinta
dias, e a do brasileiro Airton Ortiz (2010), Havana. Esses relatos
têm sua força persuasiva na experiência intensamente subjetiva,
em que o repórter submete o próprio corpo para testemunhar
com autoridade a vivência dos cubanos. A partir da análise
desses textos e com base em algumas considerações teóricas de
Carlo Ginzburg (1989), no artigo “Ekphrasis e citação”, acerca da
potencialidade literária na historiografia, problematizam-se o
efeito de verdade no testemunho jornalístico, sua relação com a
autopsia e a vivacidade, como efeito estilístico. Busca-se, ainda,
refletir acerca dessa modalidade de jornalismo, considerando-se
as especificidades de seu testemunho – quando comparado àquele
das catástrofes – e seus tensionamentos éticos.



Resumo Inglês:

First-person reports about the decline of the Cuban Revolution
executed, in recent years, the movement from the narrative of
the great journey to the small account, grounded in personal
truths. This article examines two of those narratives: one by
North-American Patrick Symmes (2011), Cuban for thirty days,
and the Brazilian one by Airton Ortiz (2010), Havana. These
reports have their persuasive force in the intensely subjective
experience, in which the reporter inflicts to his own body to
testify with authority as would the Cubans. From the analysis of
these texts and based on some Carlo Ginzburg’s (1989) theoretical
considerations, in the article “Ekphrasis and quotation”, about the
literary potential on historiography, this paper discusses the effect
of truth in the journalistic testimony, its relationship with autopsia
and evidence, as a stylistic effect. This work also aims at reflecting
on this type of journalism, considering the specificities of his
testimony – when compared to that of disasters – and its ethical
tensions.