Jogando com imagens: as disputas sobre os sentidos da capoeira na revista ilustrada O Cruzeiro

Artcultura

Endereço:
AV: JOãO NAVES DE ÁVILA, 2121
Uberlândia / MG
0
Site: https://seer.ufu.br/index.php/artcultura
Telefone: (34) 3239-4130
ISSN: 2178-3845
Editor Chefe: Adalberto Paranhos e Kátia Rodrigues Paranhos
Início Publicação: 28/02/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: História

Jogando com imagens: as disputas sobre os sentidos da capoeira na revista ilustrada O Cruzeiro

Ano: 2018 | Volume: 20 | Número: 37
Autores: Bruno Pinheiro
Autor Correspondente: Bruno Pinheiro | [email protected]

Palavras-chave: cultura visual; capoei-ra; relações raciais.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As fotorreportagens “Delinquência ju-venil”(1 fev. 1947), assinadas pelo foto-jornalista Jean Manzon e pelo jornalista David Nasser, e “Capoeira mata um!” (10 jan. 1948), do então fotojornalista Pierre Verger e do folclorista Cláudio “Tuiuti” Tavares, são analisadas como parte da continuidade dos debates em torno da descriminalização da capoei-ra, ocorrida em 1937. Na primeira, evi-denciam-se os modos de representar o tema que eram populares no período anterior a 1937, em que ocupava quase que unicamente as páginas policiais. Na segunda, estão presentes as formas difundidas nos anos seguintes, quando a capoeira migrou para as páginas de cultura. Após delinear as filiações vi-suais e intelectuais dos autores nessa disputa, seus conteúdos serão aproxi-mados às representações da capoeira que permeiam o romance Capitães da areia (1937), de Jorge Amado, tomado como referência comum a ambas as publicações, buscando explicitar os limites das narrativas jornalísticas sobre a temática.



Resumo Inglês:

The photo-reports “Delinquencia juvenil” (1/2/1947), signed by photojournalist Jean Manzon and journalist David Nasser, and “Capoeira mata um!” (10/1/1948), signed by the then photojournalist Pierre Verger and folklorist Cláudio “Tuiuti” Tavares, are analyzed as part of the continuing debates surrounding the decriminalization of capoeira in 1937. The first one shows the popular ways of representing this topic before 1937, when capoeira was only mentioned in police pages. In the second one, we see forms diffused after 1937, when capoeira migrated to the cultural pages. After establishing the visual and intel-lectual affiliations of the authors in this dispute, the contents of the photo-reports will be compared with the representations of capoeira present in Jorge Amado’s novel Capitães da Areia (1937), identified as a common reference to both. By doing so, we aim at highlighting the limits of journalis-tic narrative representation of this theme.