JÁ É quadrinho do morro: juventudes e complexidades periféricas

Revista de Psicologia

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ISSN: 2179-1740
Editor Chefe: Cassio Adriano Braz de Aquino
Início Publicação: 26/01/2018
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Psicologia

JÁ É quadrinho do morro: juventudes e complexidades periféricas

Ano: 2018 | Volume: 9 | Número: 1
Autores: Andréa Maris Campos Guerra, Mariana da Costa Aranha, Mariana Furtado Vidigal
Autor Correspondente: Andréa Maris Campos Guerra | [email protected]

Palavras-chave: juventude, psicanálise, metodologia, intervenção, mortalidade juvenil

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O artigo propõe uma reflexão sobre estratégia metodológica de intervenção orientada pela psicanálise e voltada à população jovem, negra, masculina e de periferia. Visa infletir sobre problemas estruturais como preconceito racial, mortalidade e criminalidade juvenis com vistas a sua superação. Para esse fim, analisa a importância do ato de fala que presentifica o jovem na cena urbana, discute a distância entre a linguagem do jovem e aquela das estratégias públicas, bem como sua necessária mudança. Apresenta e analisa o relato de uma experiência de construção participativa de um quadrinho mangá, através de conversações psicanalíticas realizadas no território, que interpela a diferença entre asfalto e favela, revelando um binário complexo que precisa ser mais bem explorado para evitar falsas oposições. Finalmente, apresenta pressupostos que considera essenciais para uma abordagem das juventudes que considere seu gesto autoral como escrita necessária de sua presença na cidade.



Resumo Inglês:

The article proposes a reflection about methodological strategy of intervention guided by psychoanalysis and aimed at the young, black, male and peripheral population. It aims at inflecting on structural problems such as racial prejudice, juvenile’s mortality and criminality with a view to overcoming it. For this purpose, it analyzes the importance of the speech act that presents the teenagers in the urban scene, discusses the distance between the language of the adolescents and the public services, as well as its necessary change. It presents and analyzes the report of an experience of participatory construction of a comic book, through psychoanalytic conversations carried out in the territory, which addresses the difference between ‘asphalt’ and slum, revealing a complex binary that needs to be better explored to avoid false opposition. Finally, it presents assumptions that are essentials for a youth approach because considers its authorial gesture as necessary to write their presences in the city.