A itinerância como exercício do poder: a atuação de Diego Gelmírez (1101-1140) frente à rebelião compostelana de 1116-11171

Revista Ágora

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ISSN: 1980-0096
Editor Chefe: Adriana Pereira Campos e Kátia Sausen da Motta
Início Publicação: 01/01/2005
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: História

A itinerância como exercício do poder: a atuação de Diego Gelmírez (1101-1140) frente à rebelião compostelana de 1116-11171

Ano: 2019 | Volume: 30 | Número: Não se aplica
Autores: Jordano Viçose
Autor Correspondente: J. Viçose | [email protected]

Palavras-chave: Itinerância; Diego Gelmírez; Rebelião em Compostela

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante os aproximadamente quarenta anos em que esteve à frente da Igreja de Santiago de Compostela, Diego Gelmírez (1101-1140) enfrentou dois momentos, especialmente, turbulentos os quais puseram em risco o seu poder senhorial-episcopal. Neste artigo, discutiremos o primeiro deles: a rebelião compostelana ocorrida entre os anos 1116 e 1117, trata-se de uma sublevação dos cidadãos de Santiago contra o seu senhor e bispo. A figura do prelado, instituída na Alta Idade Média, enquanto supervisor da ortodoxia deve ser somada a de protetor das circunscrições das quais era responsável. Para Gelmírez era fundamental a itinerância. Deslocava-se para exercer a justiça, legislar e, sobretudo, proteger por meio das armas os seus territórios. A alcunha que recebeu - El báculo y ballesta - revela a dupla face que compunha o exercício do seu poder: defensor da fé e do senhorio.



Resumo Inglês:

During the almost forty years when Diego Gelmirez (1101-1140) was at the helm of the  Saint  James  de  Compostela  Catholic  Church,  he  faced  two  particularly  riotous  moments  that  hazarded  his  seigniorial-episcopal  power.  In  this  article,  we  will  discuss  the  rebellion  of  Compostela (1116-1117), in which happened the rising of the St. James citizens against their master and bishop. The figure of the bishop as a supervisor of the orthodoxy must be summed up  to  the  protector  of  the  circumscription  under  his  responsibility.  Gelmírez  considered  itinerancy  fundamental.  He  moved  from  place  to  place  to  practice  justice,  to  legislate,  and  mainly  to  protect  his  dominion  by  the  use  of  weapons.  The  epithet  he  received  -  El  báculo  y ballestra - reveals the two faces that compounded the exercise of his power: faith advocate and lordliness.