A invisibilização dos indígenas e dos negros nas histórias das fortalezas catarinenses e o Ensino de História

Fronteiras

Endereço:
Área Rural - Rodovia SC 484 - Km 02, Fronteira Sul - Fronteira Sul - Área Rural de Chapecó
Chapecó / SC
89815-899
Site: https://periodicos.uffs.edu.br/index.php/FRCH/index
Telefone: (49) 2049-3128
ISSN: 2238-9717
Editor Chefe: Samira Peruchi Moretto
Início Publicação: 02/05/1990
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: História

A invisibilização dos indígenas e dos negros nas histórias das fortalezas catarinenses e o Ensino de História

Ano: 2019 | Volume: 1 | Número: 34
Autores: J. L. da Assumpção, P. M. Pereira
Autor Correspondente: J. L. da Assumpção | [email protected]

Palavras-chave: Invisibilização; Fortalezas Catarinenses, Ensino de História, Patrimônio Cultural.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo aborda a invisibilização da população indígena e negra na história da Fortaleza de Anhatomirim, através de uma leitura de uma dada historiografia catarinense, e traz a discussão referente às práticas educativas dos projetos envolvendo esta fortaleza e o ensino de história. Dessa forma, apresentaremos o processo de patrimonialização, compreendido em três movimentos: discursos, restauro e usos. Dentre os discursos, elencamos as narrativas provenientes de uma dada historiografia catarinense, marcadamente eurocêntrica, que privilegia as contribuições dos colonizadores europeus em detrimento dos povos indígenas, africanos e afrodescendentes para a formação social, econômica e cultural de Santa Catarina. Além invizibilização da história, a construção do patrimônio nacional foi pautada em uma identidade nacional universal. Mostrarem a possibilidade de um diálogo intercultural, abordando a dimensão imaterial do patrimônio material, a fim de trazer outras histórias, outras memórias de outros sujeitos a partir da relação entre ensino de História, educação patrimonial crítica e emancipadora e o patrimônio cultural pelos Parâmetros Curriculares Nacionais (PCNs) e ampliadas pelas leis 10.639/03 e 11.465/08 para discutir as questões étnico-raciais.



Resumo Inglês:

This article discusses the invisibility of theindigenous and black population in the history ofFortress Anhatomirim, through an analysis of a certain Santa Catarina historiography, anddiscusses the educational practices of the projects involving this fortress and the teaching of history. We present the process of patrimonialization, comprehended on three movements: discourses, restoration and uses. Among the discourses, we list the narratives from a certain Santa Catarina historiography, markedly Eurocentric, which privileges the contributions of the European colonizers instead of indigenous, African and African Brazilians for the social, economic and cultural formation of Santa Catarina. In addition to making history unfeasible, the construction of national heritage was based on a universal national identity. We stand for the possibility of an intercultural dialogue, addressing the immaterial dimension of material heritage, in order to bring other stories, other memories of other subjects from the relationship between history teaching, critical and emancipatory heritage education and cultural heritage by  the National Curriculum Parameters (PCNs) and expanded by Laws 10.639/03 and 11.465/08 to discuss ethnic and racial issues.