Introdução ao problema da linguagem na filosofia de Spinoza

Linguagens e Diálogos

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Editor Chefe: Claudio Franco e Kátia Tavares
Início Publicação: 31/05/2010
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Letras

Introdução ao problema da linguagem na filosofia de Spinoza

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1

Palavras-chave: imaginação, linguagem, signos

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Em sua teoria do conhecimento, cuja formulação definitiva se encontra na segunda parte
da Ethica, Spinoza afirma que o conhecimento que se dá por meio de signos pertence à Imaginação,
isto é, ao primeiro gênero de conhecimento, o qual é essencialmente inadequado uma vez que não
consegue compreender a natureza das coisas, mas simplesmente as conhece de forma mutilada e
confusa. Contudo, atribuir o conhecimento ex signis ao âmbito imaginativo não pode implicar a
recusa, por parte de Spinoza, de toda e qualquer utilização de signos a fim de comunicar o
conhecimento verdadeiro, sob pena de o próprio texto da Ethica deslegitimar suas pretensões de
verdade já no momento mesmo em que se anuncia.



Resumo Inglês:

In his theory of knowledge, whose ultimate presentation can be found in the second part
of the Ethics, Spinoza points out the imaginative (and hence inadequate) nature of the knowledge we
have through signs. It means that this knowledge, being essentially fragmented and confused, is in fact
unable to understand the genuine nature of things. However, asserting the imaginative nature of the
knowledge ex signis can by no means imply that Spinoza is refusing the possibility of each and every
usage of signs as a valid way to express adequate ideas, or else the text of the Ethics would be
delegitimating its pretensions of truth in the very moment it enunciates itself.