Intervenção Coronária Percutânea Eletiva após Fibrinólise: Dados do REMAT (Registro Madre Teresa)

Revista Brasileira De Cardiologia Invasiva

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ISSN: 1041843
Editor Chefe: Áurea Jacob Chaves
Início Publicação: 31/12/1992
Periodicidade: Trimestral
Área de Estudo: Medicina

Intervenção Coronária Percutânea Eletiva após Fibrinólise: Dados do REMAT (Registro Madre Teresa)

Ano: 2011 | Volume: 19 | Número: 4
Autores: Eduardo Cardozo Lima, Guilherme Abreu Nascimento, Mauro Isolani Pena, Alexandre von Sperling Vasconcellos, Roberto José de Queiroz Crepaldi, Walter Rabelo, Roberto Luiz Marino, Sérgio Lages Murta, Ronald de Souza, Viviane Santuari Parisotto Marino, Marcos Antônio Marino
Autor Correspondente: Eduardo Cardozo Lima | [email protected]

Palavras-chave: Fibrinólise, Angioplastia, Stents, Infarto do miocárdio, Saúde pública.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O infarto agudo do miocárdio (IAM) permanece
com elevados índices de morbidade e mortalidade e representa
problema de saúde pública. Analisamos os resultados e
os preditores de risco de eventos adversos hospitalares em
pacientes submetidos a intervenção coronária percutânea
(ICP) eletiva pós-fibrinólise. Métodos: Foram selecionados
303 pacientes com diagnóstico de IAM submetidos a reperfusão
farmacológica e transferidos para um centro terciário
para realização de ICP eletiva. Resultados: A população
era predominantemente masculina (76,6%), com
média de idade de 59,4 + 11,1 anos, 18,1% eram diabéticos
e 86,8% estavam em Killip I. Estreptoquinase foi
empregada em 91,7%, o tempo médio de realização da
ICP eletiva foi de 5,6 + 3,7 dias após a fibrinólise e o fluxo
TIMI 3 (74,2%) foi o mais prevalente. Os stents foram implantados
em 97,7% dos pacientes e o sucesso angiográfico
foi de 95,3%. Mortalidade ocorreu em 3,3% dos pacientes;
reinfarto, em 3,6%; revascularização da lesão-alvo, em 1,3%;
e sangramentos maiores, em 2%. A análise multivariada
apontou sexo feminino, idade > 65 anos, fluxo TIMI 1,
presença de trombos no vaso tratado, Killip > I e disfunção
grave do ventrículo esquerdo como preditores independentes
de eventos adversos hospitalares. Conclusões: A estratégia
de reperfusão farmacológica seguida de transferência para
realização de ICP apresenta baixas taxas de eventos adversos
hospitalares e é alternativa interessante à ICP primária
no cenário nacional. Necessita, no entanto, políticas públicas
para aperfeiçoar a logística de manuseio desses pacientes
e dispô-la de maneira eficiente a todos os hospitais
de baixa e média complexidades nacionais.



Resumo Inglês:

Acute myocardial infarction (AMI) has a high
morbidity and mortality and represents a public health
problem. We analyzed the results and predictors of in-hospital
adverse events in patients undergoing elective percutaneous
coronary intervention (PCI) after fibrinolysis. Methods:
Three hundred and three patients with diagnosis of
AMI undergoing pharmacological reperfusion and transferred
to a tertiary center for elective PCI were selected.
Results: The population included mostly men (76.6%), with
mean age of 59.4 + 11.1 years, 18.1% were diabetic and
86.8% were in Killip class I. Streptokinase was used in
91.7%, the mean time to perform elective PCI was 5.6 +
3.7 days after fibrinolysis and TIMI 3 flow was achieved in
74.2% of the patients. Stents were implanted in 97.7% and
angiographic success was obtained in 95.3% of the cases.
Mortality was observed in 3.3%, reinfarction in 3.6%, target
lesion revascularization in 1.3%, and major bleedings in
2% of the patients. Multivariate analysis indicated female
gender, age > 65 years, TIMI 1 flow, thrombus in the
treated vessel, Killip > I and severe left ventricular dysfunction
were independent predictors of in-hospital adverse events.
Conclusions: The pharmacological reperfusion strategy followed
by transfer to perform elective PCI had low in-hospital
adverse event rates and is an interesting alternative to
primary PCI in Brazil. However, public policies are required
to improve the logistics to better handle these patients and
have them available to all low and medium complexity
national hospitals.