Interseção entre Sistema Eleitoral e Sistema Partidário: Eleições Municipais de 2020

CONHECER

Endereço:
Avenida Doutor Silas Munguba - Itaperi
Fortaleza / CE
60714903
Site: https://revistas.uece.br/index.php/revistaconhecer/index
Telefone: (85) 3101-9926
ISSN: 2238-0426
Editor Chefe: Francisco Horacio da Silva Frota
Início Publicação: 02/05/2011
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciência política

Interseção entre Sistema Eleitoral e Sistema Partidário: Eleições Municipais de 2020

Ano: 2021 | Volume: 11 | Número: 26
Autores: C.A.V.Melo, J.R.C.Pessoa Júnior, K.C.C.Soares
Autor Correspondente: C.A.V.Melo | [email protected]

Palavras-chave: sistema eleitoral, coligação partidária, cláusula de desempenho, eleições municipais, fragmentação partidária

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo analisa o impacto político das regras eleitorais estabelecidas pela Emenda Constitucional n. 97/2017. Analisam-se 2 mudanças na governança eleitoral: a) proibição de coligações na disputa proporcional a partir das eleições municipais de 2020; e b) adoção da cláusula de desempenho dos partidos nas eleições gerais de 2018. Investigam-se 2 hipóteses: a) a primeira, relacionada ao desempenho eleitoral dos partidos, sustenta que essas alterações afetarão negativamente a performance eleitoral dos partidos menores e beneficiarão os maiores partidos (esse impacto negativo será maior em partidos que não atingiram a cláusula de desempenho); e b) a segunda, relacionada à fragmentação partidária, sustenta que haverá diminuição do número de partidos nas câmaras municipais, premiando partidos maiores e penalizando partidos médios e pequenos. Para testar essas hipóteses, comparam-se dados eleitorais do repositório do Tribunal Superior Eleitoral (TSE) em 2 pleitos: a) t0, quando a alteração inexistia (eleição de 2016); e b) t1, marcado pela aplicação das 2 regras eleitorais (eleições de 2020). Os dados confirmaram as 2 hipóteses assumidas, mostrando que partidos com mais recursos estatais apresentaram desempenho médio maior e que a fragmentação partidária foi reduzida. 



Resumo Inglês:

This article analyzes the political impact of the electoral rules established by the Brazilian Constitutional Amendment No. 97/2017. Two changes in electoral governance are analyzed: a) prohibition of coalitions in the proportional election from the 2020 municipal elections on; and b) adoption of the party performance clause in the 2018 general elections. Two hypotheses are investigated: a) the first, related to party electoral performance, argues that these changes will negatively affect the electoral performance of the smaller parties and will benefit the bigger parties (this negative impact is greater on parties that have not reached the performance clause); and b) the second, related to party fragmentation, argues that there will be a decreased number of parties in city councils, rewarding bigger parties and penalizing mid- and small-sized parties. To test these hypotheses, electoral data from the Brazilian Superior Electoral Court (Tribunal Superior Eleitoral [TSE]) repository are compared in 2 elections: a) t0, when the change did not exist (2016 election); and b) t1, marked by the application of the 2 electoral rules (2020 elections). Data confirmed the 2 hypotheses formulated, showing that parties with more state-provided resources had a higher average performance and that party fragmentation was reduced.



Resumo Espanhol:

Este artículo analiza el impacto político de las reglas electorales establecidas por la Enmienda Constitucional Brasileña No. 97/2017. Se analizan dos cambios en la gobernanza electoral: a) prohibición de coaliciones en la elección proporcional a partir de las elecciones municipales de 2020; y b) adopción de la cláusula de rendimiento de los partidos en las elecciones generales de 2018. Se investigan dos hipótesis: a) la primera, relacionada con el desempeño electoral de los partidos, sostiene que estos cambios afectarán negativamente el desempeño electoral de los partidos más pequeños y beneficiarán a los partidos más grandes (este impacto negativo será mayor en los partidos que no han alcanzado la cláusula de rendimiento); y b) la segunda, relacionada con la fragmentación partidista, sostiene que habrá una disminución del número de partidos en las cámaras municipales, premiando a los partidos más grandes y penalizando a los partidos medianos y pequeños. Para probar estas hipótesis, los datos electorales del repositorio del Tribunal Superior Electoral de Brasil (Tribunal Superior Eleitoral [TSE]) se comparan en 2 elecciones: a) t0, cuando el cambio no existía (elección de 2016); y b) t1, marcada por la aplicación de las 2 reglas electorales (elecciones de 2020). Los datos confirmaron las 2 hipótesis formuladas, mostrando que los partidos con más recursos proporcionados por el Estado tuvieron un desempeño promedio más alto y que la fragmentación partidista se ha reducido.



Resumo Francês:

Cet article analyse l’impact politique des règles électorales établies par l’Amendement Constitutionnel Brésilien No. 97/2017. Deux changements de gouvernance électorale sont analysés: a) interdiction des coalitions à l’élection proportionnelle à partir des élections municipales de 2020; et b) adoption de la clause de performance des partis aux élections générales de 2018. Deux hypothèses sont étudiées: a) la première, liée à la performance électorale des partis, soutient que ces changements affecteront négativement la performance électorale des petits partis et profiteront aux plus grands partis (cet impact négatif sera plus important sur les partis qui n’ont pas atteint la clause de performance); et b) la seconde, lié à la fragmentation des partis, soutient qu’il y aura une diminution du nombre des partis dans les conseils municipaux, récompensant les grands partis et pénalisant les petits et moyens partis. Pour tester ces hypothèses, les données électorales du référentiel de la Cour Supérieure Electorale Brésilienne (Tribunal Superior Eleitoral [TSE]) sont comparées dans 2 élections: a) t0, lorsque le changement n’existait pas (élection de 2016); et b) t1, marqué par l’application des 2 règles électorales (élections de 2020). Les données ont confirmé les 2 hypothèses formulées, montrant que les partis disposant de plus de ressources fournies par l'État avaient une performance moyenne plus élevée et que la fragmentation des partis a été réduite.