Internacionalização do ensino superior e os impactos da imigração na saúde mental de estudantes internacionais

Avaliação

Endereço:
Rodovia Raposo Tavares - km 92,5 - Vila Artura
Sorocaba / SP
18023000
Site: http://periodicos.uniso.br/ojs/index.php/avaliacao/index
Telefone: (15) 2101-7018
ISSN: 1982-5765
Editor Chefe: Prof. Dr. José Dias Sobrinho
Início Publicação: 20/02/1996
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Educação

Internacionalização do ensino superior e os impactos da imigração na saúde mental de estudantes internacionais

Ano: 2019 | Volume: 24 | Número: 3
Autores: A.V. Silva-Ferreira, L. Martins-Borges, T.G. Willecke
Autor Correspondente: Thiago Guedes Willecke | [email protected]

Palavras-chave: Imigrantes; Mobilidade acadêmica; Saúde mental do estudante

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No cenário educacional contemporâneo está cada vez mais presente o fluxo de estudantes que almejam ampliar seus horizontes educacionais cursando o ensino superior em outro país. Com a imigração e a mudança de país e cultura, o estudante pode estar sujeito a um estado de vulnerabilidade psíquica devido à perda dos referenciais culturais. Nesse sentido, e decorrente do fenômeno de internacionalização do ensino superior, o presente estudo teve como objetivo investigar quais são os impactos da imigração na saúde mental de estudantes internacionais e quais os fatores de risco e de proteção à saúde mental destes estudantes. Para tal, foi realizada revisão de literatura em três bases de dados com estudos nacionais e internacionais, sendo elas: BVS-Psi, Redalyc e EBSCO. Os resultados apontaram uma diversidade de fatores individuais, sociais, institucionais e culturais que impactam na saúde mental dos estudantes internacionais, cujas expressões de sofrimento psíquico se concentraram em estresse decorrente da adaptação ao novo contexto cultural e acadêmico, acompanhado por mal-estar psíquico, sintomas somáticos, dificuldades cognitivas e quadros clínicos de depressão, ansiedade e estresse pós-traumático. Observou-se ainda a subutilização dos serviços de apoio psicológico nas universidades, a demanda no início do curso, a diferença cultural na expressão dos sintomas e a maior procura por ajuda entre estudantes mulheres, em relação a homens. Em conclusão, o estudo aponta a necessidade de programas de acolhimento e integração dos estudantes internacionais que possibilitem minimizar o impacto migratório inicial e assim colaborar para a adaptação socioeducacional do estudante.



Resumo Inglês:

In the contemporary educational scenario, the flow of students seeking to broaden their horizons in higher education in another country is increasingly present. With immigration and the change of country and culture, the student may be subject to a state of psychic vulnerability due to the loss of cultural references. In this sense, and due to the phenomenon of internationalization of higher education, the present study aimed to investigate what are the impacts of immigration on the mental health of international students and what are the risk factors and protection of mental health of these students. For this purpose, a literature review was carried out in three databases with national and international studies: BVS-Psi, Redalyc and EBSCO. The results pointed to a diversity of individual, social, institutional and cultural factors that impact on the mental health of international students, whose expressions of psychic suffering focused on the stress of adaptation to the new cultural and academic context, accompanied by psychic malaise, somatic disorders, cognitive difficulties, and clinical manifestations of depression, anxiety, and post-traumatic stress. It was also verified the underutilization of psychological support services in universities, the demand at the beginning of the course, the cultural difference in the expression of symptoms and the greater demand for help among female students. In conclusion, the study points out the need for programs to host and integrate international students that make it possible to minimize the initial migratory impact and thus to collaborate for the socio-educational adaptation of the student.