A integração nacional pelo saneamento do sertão: Goiás no relatório de Arthur Neiva e Belizário pena (1912)
Intellèctus
A integração nacional pelo saneamento do sertão: Goiás no relatório de Arthur Neiva e Belizário pena (1912)
Autor Correspondente: Vera Lúcia Caixeta | [email protected]
Palavras-chave: Saneamento do sertão, Relatório Neiva e Penna, Goiás
Resumos Cadastrados
Resumo Português:
Trata-se da investigação sobre a proposta de saneamento do sertão, dos médicos Arthur Neiva e Belisário Neiva, do Instituto Oswaldo Cruz, elaborada a partir da viagem científica ao norte do país, em 1912. Para a análise recorreu-se tanto a concepção de temporalidade como pensada por Koselleck, quanto ao conceito de civilização de Norbert Elias, além da concepção de campo e de poder simbólico de Bourdieu. O saneamento do sertão proposto médicos sanitaristas seria a chave para a integração nacional, a qual retiraria o sertanejo do abandono, do atraso, da fome, do analfabetismo e da doença a que estavam relegados. Enfim, buscou-se colocar em questão as narrativas elaboradas sobre a população do interior de Goiás, a partir de uma maneira de ver as coisas específicas de um local, de uma época, de um “campo” que mobiliza valores e imagens.
Resumo Inglês:
This article is about the investigation into the backcountry sanitation proposal, made by the doctors Arthur Neiva e Belisário Neiva, part of the Oswaldo Cruz Institute, elaborated based on their scientific trip to the north of the country in 1912. For the analysis, the conception of temporality as thought by Koseleck and the concept of civilization of Norbert Elias were both used, beyond the conception of knowledge field and symbolic power by Bourdieu. The sanitation of the backcountry proposed by the sanitarian doctors would be the key to national integration, which would withdraw the backlanders of abandonment, backwardness, hunger, illiteracy and disease they were been relegated. Finally, the narratives produced about the population in the interior of Goiás were called into question, from a way of seeing the specifics of a place, a time, a “knowledge field” that mobilizes values and images.