INSETOS BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO POR INSETICIDAS EM TOMATEIRO Solanum sp.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

Endereço:
Laboratório de Genética Ecológica e Evolutiva, UFV - Campus de Rio Paranaíba, Rodovia BR 354, km 310, Cx Postal 22
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Site: http://www.simposiodabiodiversidade.com.br/ecb
Telefone: (34)3855-9023
ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

INSETOS BIOINDICADORES DE CONTAMINAÇÃO POR INSETICIDAS EM TOMATEIRO Solanum sp.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Juno Ferreira Silva Diniz, Flávio Lemes Fernandes, Maria Elisa de Sena Fernandes, Marcelo Coutinho Picanço, Ricardo Siqueira da Silva, Renan Batista Queiroz.
Autor Correspondente: Juno Ferreira Silva Diniz | [email protected]

Palavras-chave: eficácia, seletividade, mosca branca, ácaro vermelho, predadores.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A cultura do tomate é uma das culturas que mais recebe a aplicação de inseticidas. Estima-se 36
aplicações inseticidas ao longo do período de cultivo. Estes inseticidas são importantes agentes
de redução da biodiversidade. Dentre os organismos bioindicadores de alteração no hábitat de
vida dos organismos se encontram os predadores. Na cultura do tomateiro os principais Dentre
os inimigos naturais, tem-se o predador Orius insidiosus (Hemiptera: Anthocoridae), Cycloneda
sanguinea (Linnaeus) (Coleoptera: Coccinellidae) e Chauliognathus flavipes (Coleoptera:
Cantharidae) se alimentam dessas pragas no tomateiro. Assim, objetivou-se avaliar o potencial
bioindicador de espécies predadoras de pragas no tomateiro. Uma das metodologias utilizadas
para avaliar o sucesso de um organismo como bioindicador é o uso dos níveis de seletividade
dos pesticidas. Os inseticidas utilizados foram os mais utilizados no controle das principais
pragas do tomateiro. Os tratamentos de toxicidade foram: T1: testemunha, T2: clorpirifós
(Pitcher) 450 CE (1,25 L/ha), T3: tiametoxam 100 WG (Actara) (1,00 L/ha), T4: teflubenzuron
(Nomolt) 150 SC (0,025 L/ha). Adultos de O. insidiosus, C. sanguinea e C. flavipes foram
capturados em cultivos de citros (Citrus sinensis) e milho (Zea mays) na estação experimental da
UFV, com aspirador de captura. Todos os espécimes de insetos foram estocados em frascos de 4
mL com álcool 70% e enviados a taxonomistas para a identificação. Da mesma forma, foram
aplicados aos inimigos naturais os mesmos tratamentos em DIC no esquema (4 tratamentos x 6
repetições x 3 espécies de predadores). A escolha dos inseticidas foi feita de forma a cobrir os
produtos registrados para o controle de mosca branca B. tabaci em tomateiro no Brasil e que
tem sido usado para controle de ácaro vermelho. Utilizou-se o espalhante adesivo N-dodecil
benzeno sulfonato de sódio 320 CE, na concentração de 30 mL/100 L de calda, em todos os
tratamentos. Na testemunha foi usada somente água e espalhante adesivo. As avaliações da
mortalidade dos insetos forma realizadas até 35 dias após a aplicação. Teflubenzuron foi
seletivo a C. sanguinea e C. flavipes. Já tiametoxam não foi seletivo a estes dois predadores.
Clorpirifós não foi seletivo a C. flavipes. Nenhum dos inseticidas foi seletivo a O. insidiosus.
Todos os inseticidas foram seletivos ou medianamente seletivos a partir do 21º dia após a
aplicação. A variabilidade nos diferentes níveis de seletividade mostra que as três espécies
predadoras apresentam diferentes níveis de sensibilidades aos vários tipos de produtos. Assim,
conclui-se que C. sanguinea, C. flavipes e O. insidiosus podem ser usados como importantes
bioindicadores de diversidade na cultura do tomateiro.