Influência das atividades antrópicas e do rompimento da barragem I, da mina Córrego do Feijão, na qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Paraopeba

Revista Mineira de Recursos Hídricos (RMRH)

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ISSN: 2675-3359
Editor Chefe: Marília Carvalho de Melo
Início Publicação: 01/01/2020
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Engenharia sanitária, Área de Estudo: Multidisciplinar

Influência das atividades antrópicas e do rompimento da barragem I, da mina Córrego do Feijão, na qualidade da água da bacia hidrográfica do rio Paraopeba

Ano: 2022 | Volume: 3 | Número: Não se aplica
Autores: A. L. C. Soares, S. C. Oliveira, L. N. L. Gomes
Autor Correspondente: A. L. C. Soares | [email protected]

Palavras-chave: SEGURANÇA DE BARRAGENS, TESTES ESTATÍSTICOS NÃO PARAMÉTRICOS, INDICADOR DE CONTAMINAÇÃO FECAL.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

O objetivo do presente estudo foi avaliar a qualidade das águas superficiais da bacia do rio Paraopeba, a fim de identificar os possíveis impactos gerados pelo rompimento da Barragem I, da mina Córrego do Feijão, da Mineradora Vale S.A., em Brumadinho e as demais fontes de poluição. Foram aplicados testes não paramétricos de Kruskal-Wallis, complementadas pela análise das desconformidades aos limites estabelecidos pela legislação ambiental, nos dados de monitoramento obtidos junto ao Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam), do período de 2008 a 2021. De acordo com os resultados, dentre os afluentes do rio Paraopeba, os rios Maranhão e Betim foram os que apresentaram maior degradação da qualidade da água, que pode ser associada ao lançamento de esgotos domésticos não tratados ou insuficientemente tratados, além de serem influenciados pelas atividades minerárias e indústrias dos ramos metalúrgico, automobilístico e petroquímico e tipos de solos da região. Foram verificadas alterações nas concentrações em relação aos parâmetros alumínio dissolvido, chumbo total, cor verdadeira, ferro dissolvido, ferro total, manganês total, sólidos em suspensão totais e turbidez, causados pelo rompimento da barragem I – Mina do Córrego do Feijão, no rio Paraopeba a partir da confluência com o ribeirão Ferro Carvão, em Brumadinho. As maiores medições do parâmetro alumínio dissolvido ocorreram em maio de 2019, tanto nas estações próximas ao rompimento (BPE2 e BP072) como na mais a jusante (BP099), ou seja, quatro meses após o rompimento o rio Paraopeba já apresentava consequências em todo seu curso d´água.



Resumo Inglês:

The objective of this study was to evaluate the quality of surface water in the Paraopeba River watershed, identifying possible impacts generated by the rupture of Dam I in Córrego do Feijão mine, of Vale SA, in Brumadinho, in addition to other sources of pollution. Non-parametric Kruskal-Wallis tests were applied, complemented by the analysis of monitoring data from 2008 to 2021 that showed non-compliance with the limits established by environmental legislation, which were obtained from Instituto Mineiro de Gestão das Águas (Igam) (Minas Gerais Water Management Institute). According to the results, among the tributaries of the Paraopeba River, Maranhão and Betim Rivers presented major degradation of water quality. That can be associated with the discharge of untreated or insufficiently treated domestic sewage, in addition to influence from mining and industrial activities (metallurgical, automobile and petrochemical) and soil types in the region. Changes in concentrations were verified concerning the following parameters: dissolved aluminum, total lead, true color, dissolved iron, total iron, total manganese, total suspended solid and turbidity caused by the collapse of dam I - Córrego do Feijão mine, which changed water quality in Paraopeba River from its confluence with Ferro Carvão stream, in Brumadinho. The largest measurements of dissolved aluminum parameter occurred in May 2019 and happened in the gauge stations close to the rupture (BPE2 and BP072) as well as in one further downstream (BP099). Hence, four months after the rupture, consequences were shown along the entire in Paraopeba River watercourse.