A cultura digital tem transformado significativamente os processos educacionais e a formação do sujeito na contemporaneidade escolar. O objetivo do presente artigo é analisar de que forma as tecnologias digitais interferem/influenciam tanto na construção da identidade quanto na aprendizagem dos estudantes, considerando os desafios e as potencialidades que surgem no ambiente educativo. A metodologia adotada foi a revisão bibliográfica de estudos recentes (a partir de 2018) sobre cultura digital, educação crítica, alfabetização midiática e práticas pedagógicas inovadoras. Como resultado, nota-se que a cultura digital tem reconfigurado as formas de interação, socialização e expressão dos sujeitos nas escolas, porém, também revela a acentuação de desigualdades e riscos, como a alienação e a superficialidade nas relações. Diante desse contexto, cabe à escola assumir o papel de mediadora crítica desse processo, fomentando o desenvolvimento de competências digitais, bem como de capacidades éticas e reflexivas nos estudantes. Conclui-se que a educação crítica e a alfabetização midiática são fundamentais para a formação de sujeitos autônomos e empoderados, capazes de participar de forma consciente e transformadora da sociedade digital. Destaca-se assim, a relevância de políticas públicas inclusivas, além de práticas pedagógicas que promovam o protagonismo dos estudantes e a reconstrução da escola enquanto espaço democrático, participativo e inovador.