A indizibilidade do Mistério: uma leitura wittgensteiniana de uma alegoria hindu

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ISSN: 2595-8208
Editor Chefe: Elias Wolff
Início Publicação: 01/07/2013
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Teologia

A indizibilidade do Mistério: uma leitura wittgensteiniana de uma alegoria hindu

Ano: 2018 | Volume: 6 | Número: 9
Autores: Alex Villas Boas, José Estevão Moreira
Autor Correspondente: Alex Villas Boas | [email protected]

Palavras-chave: sabedoria hindu, filosofia da linguagem, Wittgenstein

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo visa fazer uma análise da figura de linguagem extraída de um conto hindu milenar que se encontra recolhido nos contos do príncipe Fjort, aplicada à ideia de Mistério, a partir do Filosofia da Linguagem. Esta conhecida alegoria dos mestres indianos ilustra uma situação na qual quatro cegos apresentam seus argumentos como verdades incontestáveis ocasionando um impasse na compreensão do fenômeno „elefante‟. Discursos se contradizem por tratarem de facetas da realidade, em que o particular é tratado como universal, ou ainda de achar que esta categoria pode ser composta de tal modo que se as „percepções‟ dos cegos fossem coadunadas haveria a possibilidade de se compor o „todo‟. Tal alegoria pode oferecer uma ilustração das condições de possibilidades de compreensão e recepção estética do ser da linguagem.



Resumo Inglês:

This paper aims to analyzing the figure of language extracted from an ancient Hindu tale which is founded in the Prince Fjort‟ Tales. It will be applied to the Mystery´s idea from the Wittgenstein Philosophy of Language. This well-known allegory of the Indian masters illustrates a situation in which four blind men present their arguments as incontestable truths causing an impasse in the understanding of the „elephant‟ phenomenon. Discourses contradict each other because they deal with facets of reality in which the particular is treated as universal, or even to think that this category can be composed in such a way that if the „perceptions‟ of the blind were combined, there would be the possibility of composing the „everything‟. Such an allegory may offer an illustration of the conditions of possibilities of comprehension and aesthetic reception of the being of language.