A presente pesquisa tem como objetivo analisar os desafios e estratégias relacionados à inclusão de alunos neurodivergentes no contexto da escola regular brasileira, com base em uma abordagem de revisão bibliográfica. A investigação fundamenta-se em referenciais teóricos da educação inclusiva, com ênfase em produções acadêmicas que tratam da neurodiversidade, dos princípios pedagógicos do currículo inclusivo, do desenho universal para aprendizagem e da diferenciação pedagógica. A metodologia adotada consistiu na seleção criteriosa de artigos, livros e periódicos científicos publi-cados nos últimos anos, priorizando materiais que abordassem os aspectos estruturais, formativos e didáticos da inclusão de sujeitos com transtornos do neurodesenvolvimento. Os resultados apontam que a inclusão de alunos neurodivergentes ainda enfrenta inúmeros obstáculos, como a rigidez curri-cular, a inadequação dos espaços escolares, a insuficiência na formação docente e os preconceitos institucionais. Paralelamente, foram identificadas práticas pedagógicas promissoras que envolvem o uso de tecnologias assistivas, estratégias multimodais, adaptação curricular e reorganização do tempo e do espaço escolar. Além disso, observou-se a relevância do trabalho colaborativo entre os profissionais da educação e da promoção de uma cultura escolar baseada no respeito às diferenças e na valorização da singularidade de cada aluno. A análise evidencia que a efetivação da inclusão requer um comprometimento institucional que vá além do cumprimento legal, sendo necessário reconfigurar os processos educativos com base em uma perspectiva crítica, acolhedora e transfor-madora. Conclui-se que promover uma educação realmente acessível a alunos neurodivergentes implica em reconhecer a diversidade como fundamento ético e pedagógico, exigindo da escola uma postura ativa na construção de práticas que garantam o direito à aprendizagem, à participação e à pertença de todos os estudantes.