Imunopatologia da esclerose múltipla

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Início Publicação: 30/06/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Medicina

Imunopatologia da esclerose múltipla

Ano: 2006 | Volume: 8 | Número: 2
Autores: L. M. B. Cabreira, A. L. Cecchini
Autor Correspondente: A. L. Cecchini | [email protected]

Palavras-chave: Esclerose múltipla, doença desmielinizante, neurodegeneração

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A Esclerose Múltipla (EM) é uma doença desmielinizante inflamatória, neurodegenerativa que causa grande impacto na vida de adultos jovens, em idade econômica e socialmente ativa. Trata-se da doença neurológica mais comum em adultos jovens, acometendo mais mulheres do que homens, numa razão de 2:1. Estudos recentes mostram que a característica da EM é a destruição autoimune progressiva da bainha de mielina e conseqüente déficit de condução nervosa, além de perda axonal devido à progressão da lesão. O nome esclerose múltipla refere-se às múltiplas cicatrizes (ou escleroses) na bainha de mielina. Esta lesão nervosa culmina em placas patognomônicas da EM que são visíveis em exames de Ressonância Magnética e em análises post mortem. Os sinais e sintomas decorrentes desta perda nervosa incluem perda de equilíbrio, alteração na fala, falta de coordenação, tremores, fraqueza muscular, paralisia espástica, problemas visuais, problemas na bexiga e intestino, alterações nas sensações, dormência, formigamento e sensação de queimação. Quanto aos tratamentos utilizados hoje para a EM, estudos concluem terapia imunomudulatória, seguindo a hipótese de origem auto-imune da doença, com corticosteróides e intérferon. O tratamento sintomático, com abordagem multidisciplinar, possui grande importância, para a melhora da qualidade de vida e retardo da incapacidade total dos pacientes. Estudos recentes levantam a possibilidade de terapia com transplante de células tronco e células de origem embrionária, para o tratamento de algumas doenças neurodegenerativas, o que traz grandes expectativas para pacientes e profissionais envolvidos. Contudo, estes estudos estão em fase inicial, que contam com alguns resultados promissores, mas sabe-se que muito há de ser feito ainda para chegar-se a resultados satisfatórios e seguros.