Implicações das oscilações climáticas do Quaternário tardio na evolução da fisionomia da vegetação do semiárido do Nordeste Setentrional
Revista de Geociências do Nordeste
Implicações das oscilações climáticas do Quaternário tardio na evolução da fisionomia da vegetação do semiárido do Nordeste Setentrional
Autor Correspondente: A. M. Oliveira | [email protected]
Palavras-chave: Caatinga, Quaternário tardio, Savana
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Resumo Português:
A cobertura vegetal de Caatinga na porção semiárida do Nordeste sententrional do Brasil é fisionomicamente caracterizada por ser arbustiva, com indivíduos espaçados entre si e apresentando um estrato herbáceo bem definido, sendo este estrato vegetal composto por plantas anuais. Devido à intensa alteração da cobertura vegetal, não há fragmentos ou formações vegetais remanescentes pré-colonização, dificultando a iniciativa de inferências acerca de uma fisionomia vegetal da Caatinga antes da chagada dos colonos. No contexto de estudos paleoambientais e dinâmica fisionômica e biogeográfica no Quaternário, a cobertura vegetal da área carece de informações, e aproveitando esta lacuna, este trabalho objetiva realizar uma discussão sobre a evolução paleoambiental para o Nordeste Setentrional. As interpretações das condições paleoambientais do semiárido do Nordeste Setentrional permitem inferir que a fisionomia da Caatinga oscilou entre savanas com condições de manter uma megafauna pleistocênica e fisionomias florestais entre 42 mil anos A.P. e 11.800 anos A.P. Sua atual fisionomia é resultados de ações humanas que começaram no século VXII.