Impacto do treinamento dos músculos do assoalho pélvico na qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária

Revista Da Associação Médica Brasileira

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Telefone: (11) 3178 6802
ISSN: 1044230
Editor Chefe: Bruno Caramelli
Início Publicação: 31/12/1957
Periodicidade: Bimestral
Área de Estudo: Medicina

Impacto do treinamento dos músculos do assoalho pélvico na qualidade de vida em mulheres com incontinência urinária

Ano: 2012 | Volume: 58 | Número: 2
Autores: Fátima Faní Fitz, Thaís Fonseca Costa, Deborah Mari Yamamoto, Ana Paula Magalhães Resende, Liliana Stüpp, Marair Gracio Ferreira Sartori, Manoel João Batista Castello Girão, Rodrigo Aquino Castro
Autor Correspondente: Fátima Faní Fitz | [email protected]

Palavras-chave: Modalidades de fisioterapia, qualidade de vida, incontinência urinária por estresse, soalho pélvico.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Objetivo: Avaliar o impacto do treinamento dos músculos do assoalho pélvico (TMAP) na qualidade de
vida (QV) em mulheres com incontinência urinária de esforço (IUE). Métodos: Ensaio clínico prospectivo
com 36 mulheres com diagnóstico médico de IUE confirmado no estudo urodinâmico. Não foram
incluídas mulheres com doenças neuromusculares, com uso de reposição hormonal e com prolapso grau
III e IV. O protocolo de exercícios para os músculos do assoalho pélvico foi constituído de contrações
lentas (fibras tônicas), seguidas de contrações rápidas (fibras fásicas), realizadas nas posições de decúbito
dorsal, sentada e ortostática, três vezes na semana, por um período de três meses. Avaliou-se o impacto
do TMAP na QV por meio do King’s Health Questionnaire (KHQ), diário miccional e palpação digital
para avaliar a função dos músculos do assoalho pélvico, durante a avaliação inicial e após os três meses
de tratamento. O resultado foi descrito em médias e desvios-padrões. Utilizou-se o teste de Wilcoxon
para comparação dos escores referentes ao KHQ para amostras pareadas, e adotou-se como nível de
significância o valor de 0,05. Resultados: Observou-se diminuição significativa das médias dos escores
dos domínios avaliados pelos KHQ. Esses domínios consistem na percepção da saúde, impacto da
incontinência, limitações das atividades diárias, limitações físicas, limitações sociais, relações pessoais,
emoções, sono/disposição e também medidas de gravidade. Em concordância com esses resultados, foram
observados diminuição significativa na frequência urinária noturna e na perda urinária, bem como
aumento significativo na força e endurance muscular. Conclusão: O treinamento muscular do assoalho
pélvico proporcionou melhora significativa na QV de mulheres com IUE.



Resumo Inglês:

Objective: To evaluate the impact of pelvic floor muscle (PFM) training on the quality of life (QOL) in
women with stress urinary incontinence (SUI). Methods: Prospective clinical trial with 36 women with
a diagnosis of SUI confirmed by urodynamic study. Women with neuromuscular diseases, using hormone
replacement therapy, and with prolapse stage III and IV were not included. The exercise protocol
for the PFM consisted of slow contractions (tonic fibers), followed by rapid contractions (phasic fibers)
practiced in the supine, sitting, and standing positions, three times a week for a period of three months.
We evaluated the impact of PFM on QOL using the King’s Health Questionnaire (KHQ), a voiding diary,
and digital palpation to assess the function of the PFMs during the initial evaluation and after three
months of treatment. The result was described as means and standard deviations. We used the Wilcoxon
test for comparison of the KHQ scores for paired samples, and the significance level was set at 0.05.
Results: There was a significant decrease in the mean scores of the domains assessed by the KHQ regarding
the perception of health, impact of the incontinence, limitations of daily activities, physical limitations,
social limitations, personal relationships, emotions, sleep/disposition, and measures of severity. In
agreement with these results, significant decrease in nocturnal urinary frequency and urinary incontinence,
as well as significant increase in muscle strength and endurance were observed. Conclusion: PFM
training resulted in significant improvement in the QOL of women with SUI.