Imigração alemã, ciência imperial e a tradução/colonização de ecologias locais do clima subtropical na América do Sul

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ISSN: 2238-9717
Editor Chefe: Samira Peruchi Moretto
Início Publicação: 02/05/1990
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: História

Imigração alemã, ciência imperial e a tradução/colonização de ecologias locais do clima subtropical na América do Sul

Ano: 2022 | Volume: 1 | Número: 39
Autores: E. Relly
Autor Correspondente: E. Relly | [email protected]

Palavras-chave: Migração alemã, clima, subtropical, climatologia

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este documento discute o surgimento da ideia de clima subtropical na América do Sul sob as perspectivas imperial e tecnológica da climatologia alemã e do Império Habsburgo, além de seus entrelaçamentos com a colonização alemã na região entre os séculos XIX e XX. Estes dois Impérios da Europa central encorajaram estudiosos a construir o campo da climatologia científica a fim de abordar as agendas imperiais dentro de seus domínios ou onde quer que eles tivessem algum grau de influência. O sul da América do Sul tornou-se desde então um foco de pesquisa climática, já que os interesses imperiais se expandiram para a região do sul da América do Sul especialmente a partir da colonização florestal perpetrada por grupos falantes do alemão. Este estudo assume que, ao invés de ser uma noção climatológica naturalizada, o subtropical convergiu para uma gama de possibilidades de construção imperial, cuja perspectiva contribuiu para as origens do conceito climatológico. A ideia do subtropical na América do Sul implicou e confirmou as desigualdades raciais, sociais e ambientais e fundamentou o desenvolvimento ulterior da região. Em uma tentativa de descentralizar as narrativas eurocêntricas, a intenção deste artigo é colocar o subtropical em uma arena global de determinação, enfatizando as instâncias coloniais do clima e, ao mesmo tempo, evidenciando às resistências a este processo.



Resumo Inglês:

This    paper    discusses    the    emergence    of    the subtropical  climate  in  South  America  under  the imperial  and  technological  perspectives  of  German and  Habsburg  climatology  and  its  intertwinements with German colonization in the region between the 19thand   20thcenturies.   German   and   Habsburg empires  encouraged  scholars  to  construct  scientific climatology  in  order  to  address  imperial  agendas within  their  domains  or  wherever  they  had  some degree   of   influence.   Southern   South   America became  since then  a  hotspot  for  climate  research, since imperial interests expanded towards the Cono Sur   region   especially   through   German   forest colonization.  This  study  assumes  that  rather  than being    a    naturalized    climatologic    notion,    the subtropical  converged  into  anarray  of  possibilities for  global  empire  building,  the  perspectivation  of which    contributed    to    the    emergence    of    the climatological  concept.  The  idea  of  the  subtropical in  South  America  entailed  and  confirmed  racial, social and environmental inequalities and grounded the ulterior development of the region. In an attempt to  decenter  Eurocentric  narratives,  the  intention  of the paper is to set the subtropical into a global arena of   determination   by   emphasizing   the   colonial instances   of   climate   colonization   and   thereby bringing on contested climatic geographies.