Imagens que nos formam, nos deformam e nos transformam: dos silêncios, dos clichês, da percepção e da fruição das imagens

Revista Paulus

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ISSN: 2525-958x
Editor Chefe: Antonio Iraildo Alves de Brito
Início Publicação: 07/08/2017
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Ciências Sociais Aplicadas

Imagens que nos formam, nos deformam e nos transformam: dos silêncios, dos clichês, da percepção e da fruição das imagens

Ano: 2017 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: C. M. Filho
Autor Correspondente: C. M. Filho | [email protected]

Palavras-chave: Imagem. Fotografia. Cinema. Literatura. Clichê. Cultura de massa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Temos algumas ilusões em relação às imagens: achamos que elas ocupam um certo espaço em nossa mente e achamos que o mundo é como uma película de cinema, um conjunto de cenas paradas. Mas o real é puro movimento. Movimento que está num texto literário, quando paramos a leitura e apreciamos o silêncio; movimento que está na fotografia, quando saímos dela, levantamos os olhos e sentimos seu impacto. Uma foto só pode ser sentida, jamais interpretada, analisada, trabalhada racionalmente. Os filmes, diferentemente da fotografia, tendem a nos conduzir e nos embalar em clichês. A foto também pode fazer isso se eu a tomo como forma permanente de duplicar, triplicar o real. Aí ela perde sua força. No passado, as imagens eram reprimidas, pois ela já guardavam um fator de subversão. Tanto o cinema como a fotografia e a literatura guardam esse poder de comunicar se permitirem a irrupção do inesperado, do bruto, do belo, do incomum 



Resumo Inglês:

There are some illusions concerning the images: we believe they fill a determined room within our mind and we believe the world is like a movie film, a set of still scenes. But the real is pure movement. Movement that inhabit a literary text, when we stop reading it and enjoy the silence around us; movement that inhabit a photograph, when we left it aside, when we raise our eyes and feel its impact. A photo can only be felt, never interpreted, analyzed, or rationally handled. The film, unlike photography, tends to lead us and wrap us in clichés. The photo can also perform this task when it is taken as a permanent form of expand the limits of reality. In this case, it loses its strength. In the past, images were concealed because they held a kind of subversion. Both the film and photography and literature keep their power to communicate if they allow the irruption of the unexpected, the gross, the beautiful, the unusual.