Iberismo e luso-tropicalismo na obra de Gilberto Freyre

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Editor Chefe: Os editores
Início Publicação: 31/07/2008
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: História

Iberismo e luso-tropicalismo na obra de Gilberto Freyre

Ano: 2012 | Volume: 10 | Número: 10
Autores: Alberto Luiz Schneider
Autor Correspondente: Alberto Luiz Schneider | [email protected]

Palavras-chave: Brasil, História intelectual, Portugal

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Resumo Português:

O artigo discute o luso-tropicalismo, assunto que mobilizou o pensamento de Gilberto Freyre entre as décadas de 1940 e 1960. A caudalosa produção intelectual gilbertiana – marcada pela aproximação com a ditadura de António Salazar e com o esforço português de manter suas colônias na África – somente é inteligível a partir da crítica à modernidade ocidental que Freyre recolheu do pensamento espanhol de fins do século XIX e princípio do século XX. Autores como Miguel de Unamuno, Ángel Ganivet e José Ortega y Gasset refletiram sobre a especificidade da cultura ibérica, percebendo-a como substancialmente diferente da moderna tradição anglo-saxã. Para Gilberto Freyre, os ibéricos, em particular os portugueses, seriam capazes de compreender os trópicos e as suas gentes e com eles transigir, conviver e miscigenar. Tal entendimento o levou, ao menos nos seus momentos mais ideológicos, a defender e justificar o colonialismo português, apesar dos ventos descolonizadores que sopravam desde o fim da Segunda Guerra Mundial.