Hospitalidade urbana e legislação urbanística em cidades turísticas: possibilidades e limitações

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ISSN: 2594-8407
Editor Chefe: Izac de Oliveira Belino Bonfim
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Turismo

Hospitalidade urbana e legislação urbanística em cidades turísticas: possibilidades e limitações

Ano: 2020 | Volume: 4 | Número: 2
Autores: V. F. Severini, A. P. Netto, J. L. S. Oliveira
Autor Correspondente: V. F. Severini | [email protected]

Palavras-chave: hospitalidade urbana, políticas públicas, espaço público, plano diretor, cidade hospitaleira

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A atividade turística é uma prática socioespacial que envolve sujeitos de várias ordens, com expectativas diferentes e que ocupam e disputam o mesmo território, mas não necessariamente de forma equilibrada. Ora, se o espaço desempenha o papel de reprodutor material da organização social, cabe ao poder público conciliar esses interesses para que todos se beneficiem. A hospitalidade urbana remete à capacidade das cidades (turísticas) em bem receber, oferecendo espaços urbanos de qualidade para o usufruto de seus moradores e turistas.  Parte-se do pressuposto que a qualificação desses espaços está associada à existência de diversos atributos físicos espaciais presentes nas legislações urbanísticas municipais. Nesse sentido, este artigo tem como objetivo principal investigar as possibilidades e limitações de políticas públicas de desenvolvimento urbano, em especial Planos Diretores, no processo de geração de cidades hospitaleiras. Toma-se como base os dados parciais de uma pesquisa de pós-doutoramento em andamento que analisa os Planos Diretores das Estâncias Balneárias do Estado de São Paulo, e que utiliza como método pesquisa documental e bibliográfica a partir dos textos, mapas e quadros das referidas leis. Os resultados iniciais reforçam a necessidade de extrapolar as questões econômicas e estatísticas, frequentemente presentes nas análises sobre o sucesso da atividade turística, e incorporar aspectos urbanísticos e sociais. Caso contrário as cidades continuarão a ter seus territórios “consumidos” pela prática do turismo.



Resumo Inglês:

Tourist activity is a socio-spatial practice that involves subjects of various orders, with different expectations and who occupy and dispute the same territory, but not necessarily in a balanced way. Now, if the space plays the role of material reproducer of the social organization, it is up to the public power to reconcile these interests so that everyone benefits.  Urban hospitality refers to the ability of (tourist) cities to welcome, offering quality urban spaces for the enjoyment of their residents and tourists. It is assumed that the qualification of these spaces is associated with the existence of several spatial physical attributes present in municipal urban legislation. In this sense, this article's main objective is to investigate the possibilities and limitations of public policies for urban development, especially Master Plans, in the process of generating hospitable cities. It takes as a base the initial results of the ongoing research that analyzes the Master Plans of the “Estâncias Balneárias do Estado de São Paulo”, and it uses as a method documentary and bibliographic research from the texts, maps and tables of the referred laws. The initial results reinforce the need to extrapolate the economic and statistical issues, frequently present in the reviews of the success of the tourist activity, and to incorporate urban and   social   aspects.   Otherwise, cities   will   continue   to   have   their   territories "consumed" by the practice of tourism.