Hollywood e imaginários do senso comum: por uma sociologia dos blockbusters

Cadernos De Pesquisa Interdisciplinar Em Ciências Humanas

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CAMPUS UNIVERSITáRIO DA TRINDADE S/N
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Telefone: (48) 3721-9405
ISSN: 16787730
Editor Chefe: Myriam Raquel Mitjavila
Início Publicação: 29/02/2000
Periodicidade: Semestral

Hollywood e imaginários do senso comum: por uma sociologia dos blockbusters

Ano: 2010 | Volume: 11 | Número: 98
Autores: Túlio Cunha Rossi
Autor Correspondente: Túlio Cunha Rossi | [email protected]

Palavras-chave: cinema, hollywood, imaginários, senso comum

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo visa a despertar a atenção para a relevância do ponto de vista sociológico de produções norte-americanas de grande orçamento e público ao difundir e reproduzir estereótipos e referenciais simbólicos amplamente reconhecidos e partilhados no senso comum. Considerando o olhar como um ato socialmente construído, defendemos que, a partir do estudo crítico aprofundado desse tipo de produção, nos defrontamos com peças relevantes da constituição de percepções tanto do mundo considerado real quanto do imaginário. Mobilizando um amplo inventário de referências simbólicas que não são intrínsecas à realidade, mas culturalmente estabelecidas, essas produções conferem familiaridade e verossimilhança mesmo ao que é considerado irreal e produzido num contexto cultural muitas vezes diverso daquele de muitos espectadores. Propomos então questionar por que e em que condições sociais essas produções se tornam percebidas como algo normal e até que ponto podem ser – e são – incorporadas nas visões de mundo do senso comum.



Resumo Inglês:

This paper aims to claim attention to the relevance, under the sociological point of view, of North American big-budget films, by spreading and reproducing stereotypes and symbolic references widely recognized and shared in common sense. Considering the action of looking as socially constructed, we argue that, from a depth critical study of this type of production, we can face relevant parts of the constitution of perception as much of the world considered real as of the imaginary. Mobilizing a large inventory of symbolic references, which are not intrinsic to reality but culturally established, these productions give familiarity and likelihood even to what is considered unrealistic and often produced in a different cultural context from that of many viewers. We propose then to question why and under what social conditions.