Recife no início do século XX, assim como outras capitais do Brasil, enfrentou diversas mudanças em seu aspecto paisagístico, demolição de casarões antigos, remoção de populações carentes de áreas habitadas há vários anos para dar lugar a empreendimentos imobiliários com a proposta de modernização e embelezamento da cidade. Dessa forma, o presente artigo tem como intuito analisar como o discurso modernizante foi utilizado com o intuito de promover obras de viés higienistas, que almejavam a exclusão da população que ocupava esses espaços, atendendo aos anseios de uma elite local que clamava por uma cidade tida como moderna para os seus conceitos.
Recife at the beginning of the 20th century, as well as other Brazilian capitals, faced several changes in its landscape aspect, demolition of old mansions, removal of populations deprived of inhabited areas several years ago to give rise to real estate developments with the proposal of modernization and beautification of City. Thus, the present article aims to analyze how the modernizing discourse was used to promote works of hygienist bias, which aimed at the exclusion of the population that occupy these spaces, attending to the wishes of a local elite who calls for a city held as modern for its concepts.