Helena: representações de práticas de leitura e configurações do leitorado oitocentista brasileiro no romance machadiano

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ISSN: 22383824
Editor Chefe: César Nardelli Cambraia
Início Publicação: 30/11/1981
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Linguística

Helena: representações de práticas de leitura e configurações do leitorado oitocentista brasileiro no romance machadiano

Ano: 2008 | Volume: 13 | Número: 0

Palavras-chave: Machado de Assis, Helena, leitura, gênero, lectura, género

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo estuda as representações de atos de leitura presentes no romance Helena, de Machado de Assis, interpretando-as como instrumentos capazes de configurar o leitorado brasileiro oitocentista. Para tanto, são analisadas comparativamente as cenas de leitura protagonizadas por D. Úrsula, Helena e Estácio, tendo em vista as relações sociais, políticas e históricas que cercam a trama e as personagens recortadas. São observados modos de ler “masculinos” e “femininos”, que viabilizam a reflexão sobre o lugar da mulher nesse Brasil ainda patriarcal e já caminhando para o capitalismo. O objetivo é investigar de que maneira esse romance machadiano funciona para formar e manter padrões de gosto pela leitura literária. A argumentação se sustenta, fundamentando-se nas ideias de Wolfgang Iser, Roger Chartier, Marisa Lajolo, Regina Zilberman, Hélio Guimarães, entre outros.



Resumo Espanhol:

Este artículo estudia las representaciones de actos de lectura presentes en la novela Helena, de Machado de Assis, interpretándolas como instrumentos capaces de configurar el lector brasileño decimonónico. Para eso, se analizan de forma comparativa las escenas de lectura protagonizadas por Doña Úrsula, Helena y Estácio, considerando las relaciones sociales, políticas e históricas que involucran la trama y los personajes en cuestión. Se observan modos de leer “masculinos” y “femeninos”, que hacen viable la reflexión sobre el lugar de la mujer en ese Brasil aún patriarcal y caminando ya hacia el capitalismo. El objetivo es investigar de qué manera esa novela machadiana funciona para formar y mantener patrones de gusto por la lectura literaria. La argumentación se sostiene, fundamentándose en las ideas de Wolfgang Iser, Roger Chartier, Marisa Lajolo, Regina Zilberman, Hélio Guimarães, entre otros.