Havemos de ser atendidos em nossos direitos, uma vez que servimos para votantes e soldados, não obstante a nossa cor: associativismo negro, direitos e cidadania (a Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, Porto Alegre, séc. XIX)

Revista Mundos do Trabalho

Endereço:
Programa de Pós-Graduação em História – CFH, Campus Universitário – UFSC, Bairro Trindade
Florianópolis / SC
88040-970
Site: http://periodicos.ufsc.br/index.php/mundosdotrabalho/index
Telefone: (48) 3721-9359
ISSN: 19849222
Editor Chefe: Aldrin A. S. Castellucci
Início Publicação: 31/05/2009
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: História

Havemos de ser atendidos em nossos direitos, uma vez que servimos para votantes e soldados, não obstante a nossa cor: associativismo negro, direitos e cidadania (a Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora, Porto Alegre, séc. XIX)

Ano: 2019 | Volume: 11 | Número: Não se aplica
Autores: Paulo Roberto Staudt Moreira
Autor Correspondente: Paulo Roberto Staudt Moreira | [email protected]

Palavras-chave: associativismo negro, direitos, cidadania

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Tomando a noção de racialização como o gerenciamento cotidiano, político e identitário, dos pertencimentos étnico-raciais, pretendemos analisar o associativismo negro, ainda no período escravista, através da Sociedade Beneficente Cultural Floresta Autora. Essa entidade foi criada na cidade de Porto Alegre, capital da província de São Pedro do Rio Grande do Sul, em 1872, e ainda não conhecemos detalhadamente os seus integrantes. Portanto, o artigo almeja verticalizar o estudo dessa associação montando pequenas trajetórias de alguns de seus promotores e, através de um documento judiciário, especular sobre as motivações desse jovens negros para o investimento nessa forma de representação coletiva. Ao acessar a justiça pedindo reparação das ofensas recebidas, os músicos negros do Floresta Aurora nos ajudam a pensar a agenda de suas reivindicações políticas e morais.



Resumo Inglês:

Taking the notion of racialization as the daily political and identity management of ethnic-racial belongings, we intend to analyze black associativism, even in the slave period, through the Sociedade Beneficente Cultural Floresta Aurora. This entity was created in the city of Porto Alegre, capital of the province of São Pedro do Rio Grande do Sul, in 1872, and we do not know its members in detail yet. Therefore, the article aims to verticalize the study of this association by setting short trajectories of some of its promoters and, through a judicial document, speculate on the motivations of these young blacks to invest in this form of collective representation. By accessing justice asking for reparation for the offenses received, the Aurora Forest black musicians help us think through the agenda of their political and moral claims.