No final dos anos 1950, o jovem Glauber Rocha, ainda sem ter dirigido nenhum de seus filmes de longa-metragem, tornou-se o principal crÃtico cultural do recém-criado Jornal da Bahia, em Salvador. Sua atividade de crÃtico de cinema o insere nas disputas simbólicas locais e seus textos publicados no periódico baiano, o objeto deste ensaio, tornam-se uma voz ativa nas tensões internas do campo cinematográfico baiano. Com um considerável aparato de imprensa ao seu favor, a atuação do jovem crÃtico Glauber Rocha coloca em debate o papel do intelectual de imprensa e da produção e difusão das ideias pelo jornal na passagem dos anos 1950 para os anos 1960, momento de intensas modificações polÃticas, sociais e culturais no Brasil.