Este artigo discute trabalhos do realizador Harun Farocki, tomando como eixo central uma investigação sobre a montagem como gesto. Procuramos seguir de perto o ensaio fÃlmico Imagens do Mundo e Inscrições da Guerra (1988), em que Farocki opera derivas associativas em torno de fotografias aéreas feitas em 1944 dos campos de concentração de Auschwitz. Esse filme é também pensado como emblemático dentro da cinematografia do artista, por retomar uma busca por imagens possÃveis, a partir do que propomos pensar como um princÃpio gestual de montagem.