Gesto decolonial como pedagogia: práticas teatrais no Brasil e no Peru

Urdimento

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta - 1907 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: http://www.revistas.udesc.br/index.php/urdimento/index
Telefone: (48) 3664-8353
ISSN: 1414.5731
Editor Chefe: Vera Regina Martins Collaço
Início Publicação: 01/08/1997
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística, Letras e Artes, Área de Estudo: Artes

Gesto decolonial como pedagogia: práticas teatrais no Brasil e no Peru

Ano: 2019 | Volume: 3 | Número: 36
Autores: Gilberto Icle, Marta Haas
Autor Correspondente: Gilberto Icle | [email protected]

Palavras-chave: pedagogia, decolonial, resistência, teatro de grupo, teatro latino-americano

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este artigo procura circunscrever a pedagogia a partir da noção de “gesto decolonial”. Para tanto, toma-se a prática artístico-pedagógica do Yuyachkani (Peru) e do Ói Nóis Aqui Traveiz (Brasil) como forma de resistência e elemento por intermédio do qual rompe-se a colonialidade dos saberes e das relações de poder. A partir dos conceitos de diferença colonial, colonialidade e pensamento liminar delineados por Walter Mignolo, demonstra-se como esse gesto de resistência à colonialidade participa na constituição de sujeitos e subjetividades autônomas. Problematiza-se o trabalho desses grupos latino-americanos caracterizando suas práticas como gestos e pedagogias do teatro decoloniais.



Resumo Inglês:

This article seeks to circumscribe pedagogy through the notion of decolonial gesture. For that, the artistic-pedagogical practices of Yuyachkani (Peru) and Ói Nóis Aqui Traveiz (Brazil) are taken up as forms of resistance and elements through which to break the coloniality of power relations and knowledge. Applying Walter Mignolo’s concepts of colonial difference, coloniality and liminal thinking, this article demonstrates how this gesture of resistance against coloniality helps constitute autonomous subjects and subjectivities. The work of these two Latin American groups is problematised, characterising their practices as decolonial theatrical gestures and pedagogies.