Genealógica Foucaultiana e práticas artísticas dissidentes

Revista Apotheke

Endereço:
Avenida Madre Benvenuta 2007 - Santa Mônica
Florianópolis / SC
88035-901
Site: https://www.revistas.udesc.br/index.php/apotheke/issue/view/815
Telefone: (48) 3321-8000
ISSN: 2447-1267
Editor Chefe: Jociele Lampert
Início Publicação: 31/12/2015
Periodicidade: Semestral

Genealógica Foucaultiana e práticas artísticas dissidentes

Ano: 2020 | Volume: 6 | Número: 3
Autores: B. G. Bazante
Autor Correspondente: B. G. Bazante | [email protected]

Palavras-chave: transexualidade, genealogia Foucaultiana, educação, práticas artísticas.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Neste artigo procuro entender como despertei para a necessidade de aliar práticas artísticas e militância transfeminista reforçando a vanguarda artivista que atua a partir de temas ligados à desobediência de gênero. Para isso conduzi um novo olhar sobre minha produção no campo visual tendo como caminho metodológico a Genealogia Foucaultiana. Nesse trajeto reobservei registros de performances, esculturas, modelagens e atividades educacionais realizadas entre os anos de 2014 e 2020. Na reapreciação aqui descrita, aponto principalmente piscas e vestígios de ações/gestos artísticos que indicaram a presença de posturas críticas ligadas às questões política, social, artivista e de dissidência de gênero. O panorama teórico foi formado por Foucault (1979), Rancière (2012), Butler (2020), Preciado (2017), Bento (2006), Jesus (2014) e outros. Por fim considero que a compreensão da experiência transsexual ocorrerá de forma mais fácil caso ela seja estudada e representada por meios de diversos campos de conhecimento, entre eles a arte-educação. Entendimento que será potencializado no contato direto com o público, seja por meio de atividades artísticas que contenham a temática trans ou pela simples presença de uma pessoa trans propondo tais ações. Além disso, percebo que minha postura artivista foi sendo criada gradualmente a cada ação. Ela foi gestada nas entranhas de práticas desobedientes que realizei e hoje extrapola os poros de meu fazer artístico.



Resumo Inglês:

In this article, i try to understand how i woke up to the need to combine artistic practices and transfeminist activism, reinforcing the artivist vanguard that works from themes related to gender disobedience. For that, i conducted a new look (to look back) on two actions that i carried out in the educational and visual field, using Foucault ́s Genealogy and its relationship with History as a methodological path. Along this path, i adapted Foucault ́s proposal to re-observe the records of both the Performance Mimetism held in 2014, as well as two origami workshops given during the Galhos Exhibition in 2017. In the review described here, i mainly  point out clues and traces of artistic actions/gestures that indicated the presence of critical attitudes related to political, social, artivist and gender dissident issues. The theoretical panorama was formed by the concepts of Genealogy and History by Michel Foucault (1979), Art and Politics by Jacques Rancière (2012), Gender Performativity by Judith Butler (2020), Contrassexuality by Paul B. Preciado (2017), Reinvention of the Body by Berenice Bento (2006), Transfeminism by Jaqueline Jesus (2014) and others. Finally, i believe that understanding of the transsexual experience will occur more easily if it is studied and represented through several fields of knowledge, including art education. I also understand that this experience will be enhanced in direct contact with the public, either through artistic activities that contain the trans.



Resumo Espanhol:

En este artículo trato de entender cómo me desperté ante la necesidad de combinar prácticas artísticas y activismo transfeminista, reforzando la vanguardia artivista que trabaja desde temas relacionados con la desobediencia de género. Para ello realicé una nueva mirada (mirar atrás) sobre dos acciones que realicé em el campo educativo y visual, utilizando la Genealogía de Foucault e sua relación com la Historia como camino metodológico. En este camino, adapté la propuesta de Foucault para volver a observar los registros tanto del Mimetismo Performance realizado en 2014, como de dos talleres de origami impartidos durante la Exposición Galhos em 2017. En la reseña aquí descrita, señalo principalmente pistas y rastros de acciones/gestos artísticos que indicaron la presencia de actitudes críticas relacionadas con temas políticos, sociales, artivistas y disensión de género. El panorama teórico lo conformaron los conceptos de Genealogía y Historia de Michel Foucault (1979), Arte y Politica de Jacques Rancière (2012), Performatividad de Género de Judith Butler (2020), Contrassexualidad de Paul B. Preciado (2017), Reinvención del Cuerpo de Berenice Bento (2006), Transfeminism de Jaqueline Jesus (2014) y otros. Finalmente, creo que la comprensión de la experiencia transexual occurirá más facilmente se si estudia y representa a través de varios campos de conocimiento, incluida la educación artística. También entendo que esta experiencia se potenciará en contacto directo con el público, ya sea a través de actividades que contengan la temática trans o por la simple presencia de una persona trans que proponga tales acciones. Además, me doy cuenta de que las características de artivistas y dissidentes, presentes em las producciones que actualmente desarrollo, se fueron creando paulatinamente com cada acción. Fueron creadas em las prácticas sutilmente desobedientes realizadas de 2014 y hoy extrapolan reflexiones más allá de mi práctica artística.