Garatujei meus pássaros até a última natureza: poesia, parola e segno grafico in Concerto a céu aberto para solos de ave

Guavira Letras

Endereço:
Avenida Ranulpho Marques Leal, 3484 - Distrito Industrial II
Três Lagoas / MS
79613-000
Site: http://www.guaviraletras.ufms.br
Telefone: (67) 3509-3701
ISSN: 1980-1858
Editor Chefe: Kelcilene Grácia-Rodrigues
Início Publicação: 01/08/2005
Periodicidade: Trimestral

Garatujei meus pássaros até a última natureza: poesia, parola e segno grafico in Concerto a céu aberto para solos de ave

Ano: 2017 | Volume: 13 | Número: 24
Autores: Franchesca Degli Atti
Autor Correspondente: F. Degli Atti | [email protected]

Palavras-chave: poetica, cosmogonia, ontologia, Manoel de Barros

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Este trabalho tem como objetivo analisar o livro Concerto a céu aberto para solos de ave (1991), que representa o momento de maior expressão da força criativa da poesia de Manoel de Barros. Tal obra, para nós, encerra a densa fase criativa do poeta, que se inicia com a publicação de Arranjos para assobio (1982) e se desenvolve cerca de uma década. Os fundamentos construídos nas obras anteriores a 1982 constituem apoio e estímulo para a pesquisa ontológica realizada por Barros, de modo que permitem a obtenção de resultados que gradualmente ganham força e autoridade. São obras que se caracterizam por uma extrema coesão linguística e testemunham o domínio da linguagem poética do poeta, que o permitem trabalhar com confiança a palavra, moldá-la e dobrá-la à vontade, de modo que alcance convergências semânticas que aumentam e ampliam o universo poético de Manoel de Barros, configurando novos eixos de suporte e referência constante para as obras posteriores. A produção literária de Manoel de Barros constrói uma poesia como um meio de conhecer a realidade como uma ferramenta demiúrgica, por meio da qual o poeta propõe uma cosmogonia pessoal, que localiza o Pantanal como locus e que gira em torno da palavra e do signo gráfico.



Resumo Italiano

Oggetto di questo studio è Concerto a céu aberto para solos de ave (1991), opera che si pone a chiusura della densa fase creativa di Manoel de Barros che si apre con la pubblicazione di Arranjos para assobio (1982) e si sviluppa nel corso di circa un decennio, fase che rappresenta il momento di maggiore espressione della forza creatrice della poesia di Barros. Le fondamenta costruite nelle opere del periodo immediatamente precedente costituiscono sostegno e stimolo per la ricerca ontologica intrapresa dal poeta, e consentono il raggiungimento di risultati che guadagnano gradualmente solidità e autorevolezza. Le opere di questi anni si caratterizzano per un’estrema coesione stilistica e testimoniano la padronanza degli strumenti linguistici elaborati nel corso dei precedenti anni che consentono ora al poeta di operare con disinvoltura sulla parola, plasmandola e piegandola alla propria volontà, per realizzare convergenze semantiche che infittiscono ed ampliano l’universo poetico di Barros, configurando nuovi assi portanti cui le opere successive faranno costante riferimento. L’obiettivo della poetica si sposta dalla poesia come mezzo di conoscenza della realtà alla poesia come strumento demiurgico attraverso il quale il poeta può ora proporre una cosmogonia personale, che sceglie per locus il Pantanal e che ruota intorno alla parola e al segno grafico.