Em seus últimos anos de vida, Foucault empreendeu uma genealogia da parresia (do dizer-verdadeiro) no campo da política e na história da filosofia. Alicerçando suas análises nas fontes clássicas, gregas e romanas, Foucault descortinou um cenário no qual a coragem da verdade tem um lugar maior na experiência política desde sempre. O que pretendemos nesse trabalho é discutir alguns pontos que nos parecem problemáticos nessa genealogia foucaultiana, em especial, a referência à verdade na parresia democrática e a relação entre filosofia e política.