Este artigo faz a leitura de imagem dos aspectos formais e semióticos da fotografia de Claro Jansson e como ela foi interpretada na iconografia da Guerra do Contestado, representando o que seria uma rendição de uma família cabocla como resultado da estratégia de cerco aos redutos sertanejos, realizado pelo Exército Brasileiro. Compara-se a fotografia histórica com outras imagens do fotógrafo, com relatórios do Exército, livros e revistas que serviram como propaganda governamental para situar o local e data do evento com rendição do líder de reduto, Bonifácio José dos Santos e apresentando elementos culturais para demonstrar a necessidade de uma nova interpretação, relacionada com a execução de prisioneiros que aconteceu na cidade de Canoinhas, em Santa Catarina, no ano de 1915.
The article makes na image reading of the formal and semiotic aspects of Claro Jansson’s photography and how it was interpreted in the iconography of the Guerra do Contestado, representing what would be a surrender of a “cabocla” family as a result of the strategy of siege to the backcountry redoubts by the Brazilian Army. It is compared the historical photograph with other images of the photographer, with Army reports, books and magazines that served as governamental propaganda to situate the place and date of the event with the backcountry redoubt’s leader surrender, Bonifácio José dos Santos’s and presenting cultural elements to demonstrate the need for a new interpretation, related to the execution of prisoners that took place in the city of Canoinhas, Santa Catarina, in 1915.