O presente artigo reflete sobre o lugar da fotografia colonial no contexto patrimonial nacional português. Indagando sobre o modo como se processam os fenómenos de musealização, catalogação e atribuição de valor patrimonial a certos bens/objetos, explana-se sobre o que é legislado e institucionalizado por organismos do poder político, bem como sobre a sua influência na construção das narrativas identitárias e na patrimonialização dos legados coloniais. Com base nas resoluções legislativas, procura-se, assim, averiguar o que tem sido celebrado e salvaguardado em detrimento daquilo que tem sido apagado. Neste âmbito, dá-se particular atenção à fotografia, com o intuito de tentar perceber que futuro e que lugar poderão ter as imagens produzidas em contexto colonial nos museus nacionais.