Fortalezas abandonadas, saqueadas, redescobertas, restauradas, patrimonializadas: da democratização à pluralização do patrimônio

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ISSN: 2238-9717
Editor Chefe: Samira Peruchi Moretto
Início Publicação: 02/05/1990
Periodicidade: Bianual
Área de Estudo: História

Fortalezas abandonadas, saqueadas, redescobertas, restauradas, patrimonializadas: da democratização à pluralização do patrimônio

Ano: 2018 | Volume: 1 | Número: 32
Autores: P. Mülbersted Pereira, E. A. Paim
Autor Correspondente: P. Mülbersted Pereira, E. A. Paim | [email protected]

Palavras-chave: Fortalezas catarinenses, memória, democratização do patrimônio.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

As fortalezas de Anhatomirim, Ratones e Ponta Grossa, localizadas na região da Grande Florianópolis (SC), são bens culturais tombados pelo Sphan (hoje, Iphan) desde 1938, e tutelados pela Universidade

Federal de Santa Catarina (UFSC) desde 1979 e 1991, respectivamente. A UFSC empreendeu uma série de ações para a construção de uma memória histórica acerca do processo de patrimonialização destes bens culturais, que, somado aos usos dados a estes bens, geram adesões e não-adesões em torno do patrimônio. O presente artigo analisa como os agentes sociais envolvidos neste processo construíram uma memória acerca das fortalezas, identificando as estratégias discursivas de alguns destes agentes a partir das suas narrativas em entrevistas, matérias jornalísticas e documentos oficiais produzidos pela UFSC; problematizamos as concepções de história e patrimônio presentes nestes discursos a partir da perspectiva teórica de Walter Benjamin na relação com seus interlocutores, bem como Chagas (2002), Fonseca (2009), Chuva (2009), Pereira e Oriá (2012), Galzerani (2008, 2013) para relacionarmos com o campo do patrimônio no Brasil, a fim de avançarmos no debate da democratização para a pluralização do patrimônio.



Resumo Inglês:

The three Fortress Anhatomirim, Ratones and Ponta Grossa are located in the Grande Florianópolis mesoregion, and are preserved as cultural assets by the Sphan (Iphan, nowadays) since 1938, and protected by the Federal University of Santa Catarina (UFSC) from 1979 and 1991, respectively. There are a lot of actions taken by UFSC in the purpose of creat ing a historical memory of the patrimonialization process of these assets, making adhesions and non-adhesions around the cultural heritage. The present article analyzes how the social agents involved in this process built a memory about the fortresses. We identify the discursive strategies of some of these agents from their narratives in interviews, journalistic materials and official documents produced by UFSC; we problematize the concepts of History and Cultural Heritage in these discourses from the theoretical view of Walter Benjamin, in relation within his associates, as well as Chagas (2002), Fonseca (2009), Chuva (2009), Pereira e Oriá (2012), Galzerani (2008, 2013) to discuss the cultural heritage field in Brazil, so we can advance from the democratization to the pluralization of cultural heritage.