FONTES DE VARIABILIDADE GENÉTICA RESISTENTE A HERBÍVORO MINADOR EM TOMATEIRO Solanum sp.

Evolução e Conservação da Biodiversidade

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ISSN: 22363866
Editor Chefe: Rubens Pazza
Início Publicação: 30/04/2010
Periodicidade: Anual
Área de Estudo: Biologia geral

FONTES DE VARIABILIDADE GENÉTICA RESISTENTE A HERBÍVORO MINADOR EM TOMATEIRO Solanum sp.

Ano: 2010 | Volume: 1 | Número: 1
Autores: Francisco Pinheiro Vieira, Maria Elisa de Sena Fernandes, Derly José Henriques da Silva, Marcelo Coutinho Picanço, Flávio Lemes Fernandes, George Gonçalves Resende Ferreira, Dário H.B. Oliveira.
Autor Correspondente: Francisco Pinheiro Vieira | [email protected]

Palavras-chave: resistência, germoplasma, tomate, mosca minadora

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A variabilidade de determinadas espécies pode ser encontrada em unidades conservadoras,
denominadas Bancos de Germoplasmas. A Universidade Federal de Viçosa tem o Banco de
Germoplasma de Hortaliças que possui cerca de 6560 subamostras sendo 2900 pertencentes à
família Solanaceae. Dentre essas subamostras temos o tomateiro, onde se têm realizado
estudos na área de caracterização agronômica e resistência a doenças e pragas. Dentre as
pragas a mosca minadora Liriomyza trifolii (Diptera: Agromyzidae) constitui praga importante
dessa cultura. Os danos causados pelas larvas consistem na abertura de galerias serpenteadas
entre a epiderme superior e inferior das folhas, formando lesões esbranquiçadas, podendo
penetrar nas nervuras. Esses danos levam a uma redução significativa da área fotossintética,
murcha e queda prematura das folhas. O controle químico desse artrópode-praga é o principal
método de manejo empregado. Em programas de melhoramento de plantas é necessário que se
busquem fontes de resistência. Estas fontes de resistência estão presentes principalmente em
bancos de germoplasma. No processo de obtenção de variedades resistentes às pragas também
é de fundamental importância o conhecimento dos mecanismos e das causas da resistência. São
três os mecanismos que podem estar envolvidos na resistência de Solanum spp. aos artrópodes
praga: antixenose, antibiose e tolerância. Já as causas podem ser morfológicas, químicas e/ou
físicas. Assim o objetivo deste trabalho foi selecionar fontes de resistência a L. trifolii dentre 43
subamostras de tomateiro do Banco de Germoplasma de Hortaliças da Universidade Federal de
Viçosa. Para a avaliação da resistência foram estudadas 42 subamostras, além da cultivar Santa
Clara que foi utilizada como padrão de suscetibilidade. O delineamento experimental foi
inteiramente casualizado com três repetições. Para instalação do experimento foram liberados
na parte central da casa de vegetação cerca de 300 adultos de mosca minadora provenientes da
criação. As características avaliadas foram os números de folíolos minados/planta, minas/planta
e contagem do número de tricomas/0,04 cm2 de limbo foliar. Os dados de número de folíolos
minados, número de minas por planta e densidade de tricomas foram submetidos à análise de
variância e suas médias foram comparadas pelo teste de Scott-Knott a p<0,05. Detectaram-se
diferenças significativas no número de folíolos minados, minas de L. trifolii e número de
tricomas. As subamostras BGHs-216, 813, 985, 987, 991, 992, 993, 1532, 1989, 1991, 2048,
2055, 2057, 2064, 2068, 2073, 2075, 2089, 2096 e 2097 foram selecionadas como fontes de
resistência L. trifolii. O mecanismo de resistência associado a essas subamostras foi a
antixenose. Além disso, a baixa densidade de tricomas pode ser uma das possíveis causas da
resistência à praga, o que pode ser de grande importância em programas de melhoramento,
uma vez auxiliam no estudo da resistência do tomateiro a L. trifolii.