Fidelidade e mudança: a relação entre formas de vida e práxis enunciativa

Estudos Semióticos

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ISSN: 1980-4016
Editor Chefe: Ivã Carlos Lopes
Início Publicação: 30/11/2005
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Linguística

Fidelidade e mudança: a relação entre formas de vida e práxis enunciativa

Ano: 2020 | Volume: 16 | Número: 2
Autores: Renata Cristina Duarte
Autor Correspondente: Renata Cristina Duarte | [email protected]

Palavras-chave: formas de vida, práxis enunciativa, semiosfera, Semiótica francesa

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Baseado  nos  pressupostos  teóricos  e  metodológicos  da  Semiótica francesa, o presente artigo visa refletir sobre a relação entre os conceitos “formas de  vida”  e  “práxis  enunciativa”.  De  acordo  com  a  teoria,  as  formas  de  vida evidenciam os modos como os indivíduos e as coletividades percebem o mundo e dão a conhecer suas concepções de existência. Ademais, elas concernem tanto à manutenção quanto à transformação, pois se formam e se desfazem pelo uso, são inventadas, praticadas ou recusadas pelas instâncias enunciantes. Tal consideração remete à noção de práxis enunciativa ao refletir sobre a passagem daquilo que é limitado  e  estabilizado  no  sistema  da  língua  àquilo  que  é  singular  e  inovador  no exercício  do  discurso.  Desse  modo,  este  trabalho  baseia-se  no  entendimento  de que  a  dinâmica  da  práxis  enunciativa  permite  o  contraste  entre  formas  de  vida tradicionais,   armazenadas   no   sistema   cultural,   e   aquelas   inventivas,   que transgridem os códigos e os usos estabelecidos para fundar  uma nova axiologia. Tal abordagem permite, assim, a inserção na teoria de discussões relativas ao uso, às identidades culturais, à variação das estruturas e sua tipificação.



Resumo Inglês:

Based on the theoretical and methodological assumptions of  French Semiotics, this article aims to reflect on the relationship between the concepts “forms of life” and “enunciative praxis”. According to the theory, the forms of life highlight  the  ways  in  which  individuals  and  collectives  perceive  the  world  and make be known their conceptions of existence. Furthermore, they concern both maintenance and transformation, because they are formed and disintegrated by use, theyare invented, practiced or rejected by the enunciating instances. That consideration refers to the notion of enunciative praxis, when reflecting on the transition from what is limited and stabilized in the language system to what is unique and innovative in the discourse exercise. In this way, the work is based on the understanding that the dynamics of enunciative praxis allows the contrast between  traditional  forms  of  life,  stored  in  the  cultural  system,  and  those inventive,  that  transgress  the  established  codes  and  uses  to  found  a  new axiology.  This  approaching  allows  the  insertion  in  the  theory  of  discussions related  to  the  use,  the  cultural  identities,  the  variation  of  structures  and  their typification.