Ficcionar a história : Género em contexto de guerra na novelística de Lina Magaia

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ISSN: 2177-6288
Editor Chefe: Shirley de Souza Gomes Carreira
Início Publicação: 31/12/2009
Periodicidade: Quadrimestral
Área de Estudo: Letras

Ficcionar a história : Género em contexto de guerra na novelística de Lina Magaia

Ano: 2011 | Volume: 2 | Número: 5
Autores: Ana Luisa Teixeira
Autor Correspondente: Ana Luisa Teixeira | [email protected]

Palavras-chave: literatura moçambicana, escritoras moçambicanas, Estudos de Género

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

A obra da escritora moçambicana Lina Magaia deu lugar a um cruzamento entre ficção e
história, documentando o desenvolvimento da guerra civil em Moçambique (1975-1992) através de
testemunhos daquele conflito que recolheu e publicou nas obras Dumba Nengue (1986) e Duplo
Massacre e Moçambique (1987), bem como do seu único romance, Delehta. Pulos na Vida (1994).
Em todos os textos de Magaia, as vozes das mulheres encontram um espaço central, através da
dicotomia “sujeito / objecto”- “agressor / vítima”, que caracteriza o seu papel na guerra civil.
Neste trabalho, pretendemos olhar para as formas em que essa ambiguidade dialógica acompanha o
desenvolvimento de personagens femininas, no romance de Magaia. Vamos analisar os processos
pelos quais a sua escrita “ficcionaliza” a história e “historiciza” a ficção, pelo retrato historicamente
contextualizado que a autora faz da mulher moçambicana.



Resumo Inglês:

The narrative by Mozambican writer Lina Magaia has intertwined history and fiction by
documenting the development of civil war in Mozambique (1975-1992). The author has registered
testimonies of that conflict in her two journalistic pieces: Dumba Nengue (1986) e Duplo Massacre e
Moçambique (1987), as well as in her novel, Delehta. Pulos na Vida (1994). Women’s voices find a
central place in all of Magaia’s texts, expressing a paradoxical dichotomy which characterizes their
role in the civil war: “subject/object” – “aggressor/ victim”. This work presents a reading of this
dialogic ambiguity, as it takes form in Magaia’s novel Delehta. Pulos na Vida (1994). We will observe
the processes which lead to Magaia’s “fictionalizing” of history and “historicizing” of fiction, as she
presents a historically contextualized portrait of Mozambican women.