Festa do Divino Espírito Santo, uma tradição em movimento

PatryTer

Endereço:
Universidade de Brasília - Campus Universitário Darcy Ribeiro - Gleba A, Av. L3 Norte - Asa Norte
Brasília / DF
70.904-970
Site: http://periodicos.unb.br/ojs310/index.php/patryter/
Telefone: (61) 3107-7253
ISSN: 2595-0169
Editor Chefe: Everaldo Costa
Início Publicação: 01/01/2018
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Ciências Humanas, Área de Estudo: Geografia

Festa do Divino Espírito Santo, uma tradição em movimento

Ano: 2020 | Volume: 3 | Número: 5
Autores: N. F. Mariano
Autor Correspondente: N. F. Mariano | [email protected]

Palavras-chave: urbano; cultura popular; resistência; Festa do Divino; terreiro de Candomblé.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

No  estado  do  Maranhão,  a  Festa  do  Divino  Espírito  Santo  acontece  principalmente  em terreiros  de candomblé e tambor de mina. Interessa-nos aquela realizada na Casa Fanti Ashanti em São Luís (MA), cujo formato foi trazido para São Paulo por meio do processo migratório, tendo como abrigo a Associação Cultural Cachuera, no bairro de Perdizes. Objetiva-se a compreensão sobre o movimento que a Festa do Divino faz mantendo a tradição, mesmo  em  outro  espaço  e  sob  novas  condições  de  realização.  Para  tanto,  o  foco  principal  está  na  atuação  das Caixeiras do Divino, bem como em todos os seus cerimoniais e cenários. A partir de leituras, pesquisa de campo e coleta  de  relatos  orais,  é  possível  dizer  que  o  acesso  a  dimensões  temporais  diversas  (passado,  presente  e  futuro)  é acionado quando a Festa se materializa: a temporalidade do pretérito afronta o tempo linear e acelerado do urbano e aponta  para  o  futuro  utópico,  em  meio  a  contradições.  A  condição  socioespacial  receptora  da  Festa  sacraliza  o espaço vivido, ou espaço de representação, durante os dias festivos, bem como reverencia a Festa originária, outrora realizada na Casa Fanti Ashanti.

Palavras-chaves:urbano; cultura popular; resistência; Festa do Divino; terreiro de Candomblé.



Resumo Inglês:

In the State of Maranhão, the Divine Holy Spirit Feasttakes place mainly at Candomblé and Tambor de Mina ́s yard. The feastthat was chosen for analysis is the one performed at Fanti Ashanti House in Sao Luís (MA), whose  format  has  been  brought  to  São  Paulo  in  the  migratory  process,  and  that  is  held  annually  at  the  Cachuera Cultural Association, in the district of Perdizes. Itaims at understanding about the movement that the Divine Feastmakes  keeping  the  tradition,  even  in  other  spaces  and  under  new  conditions  of  accomplishment.  To  this  end,  the main focusis on the action of the Divine Caixeiras, as well as all on their ceremonials and scenarios. From readings, field researching and collection of oral reports, it is possible to say that the access to several time dimensions(past, present,  and  future)  is  triggered  in  the  making  of  the Feast:  the  temporality  of  the  past  reproaches  the  linear  and accelerated time of the urban, and points to a utopic future, among contradictions. The social and spatial condition that the Feasthosts sacralize the lived space, or space of representation, during the festive days, as well as reverence the original Feast, the one that once took place at Fanti Ashanti House.

Keywords:urban; popularculture; resistance;Feast of the Divine; Camdomblé’s yard.



Resumo Espanhol:

En  el  estado  del  Maranhão,  la  Fiesta  del  Divino  Espíritu  Santo  ocurre  principalmente  en  terreros  de Candomblé y Tambor de Mina. La que nos interesa es aquella realizada en la Casa Fanti Ashanti en São Luís (MA), cuyo  formato  fue  traído  a  San  Pablo  por  medio  del  proceso  migratorio,  teniendo  como  refugio  la  Asociación Cultural Cachuera, en el barrio de Perdizes. El objetivo es comprender el movimiento que la Fiesta del Divino hace, manteniendo la tradición, mismo en otro espacio y bajo nuevas condiciones de realización. Para eso, el foco principal está en  la  actuación  de  las  Caixeiras  del  Divino,  así  como  todas  sus  ceremonias  y  escenarios. Desde  lecturas, investigaciones de campo y recopilación de informes orales, es posible decir que el acceso a dimensiones de tiempo misceláneas (pasado, presente y futuro) es desencadenado cuando la Fiesta se materializa: la temporalidad del pasado afrenta el tiempo lineal y acelerado del urbano y apunta al futuro utópico, en medio de contradicciones. La condición socioespacial receptora de la Fiesta hace al espacio vivido, o espacio de representación, durante los dias de fiesta, así como reverencia la Fiesta original, aquella una vez realizada en la Casa Fanti Ashanti.

Palabras clave:urbano; cultura popular; resistencia; Fiesta de lo Divino; terreros de Candomblé.