FATORES ENVOLVIDOS NA ADESÃO DE ESTUDANTES ADOLESCENTES À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

SANARE - Revista de Políticas Públicas

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ISSN: 2317-7748
Editor Chefe: Maria Socorro de Araújo Dias
Início Publicação: 30/11/1999
Periodicidade: Semestral
Área de Estudo: Saúde coletiva

FATORES ENVOLVIDOS NA ADESÃO DE ESTUDANTES ADOLESCENTES À ESTRATÉGIA SAÚDE DA FAMÍLIA

Ano: 2016 | Volume: 15 | Número: 2
Autores: M. J. H. Alves, G. A. Albuquerque, A. S. Silva, J. M. Belém, J. F. C. Nunes, M. F. Leite, E. V. Pereira
Autor Correspondente: M. J. H. Alves | [email protected]

Palavras-chave: Comportamento do adolescente; Atenção primária à saúde; Integralidade em saúde.

Resumos Cadastrados

Resumo Português:

Durante a adolescência, os indivíduos encontram-se vulneráveis a situações e agravos à saúde em decorrência da exposição a
diversos fatores de risco. Assim, as ações de promoção da saúde adotadas no âmbito da Estratégia Saúde da Família (ESF)
contribuem para o enfrentamento desse quadro, entretanto, a práxis tem revelado deficiente ligação entre os adolescentes e a ESF.
Dessa forma, este estudo objetivou identificar fatores causais envolvidos na adesão às ações da ESF sob a óptica dos adolescentes.
Trata-se de estudo exploratório, descritivo e qualitativo, realizado com 24 adolescentes de uma escola de Ensino Fundamental. Os
dados foram coletados via entrevista semiestruturada e organizados por meio da técnica de análise temática. Identificou-se nos
resultados que, apesar dos esforços das atuais políticas, os adolescentes apresentam uma percepção de cuidado à saúde voltada
ao modelo curativista e à lógica hospitalocêntrica, além de um déficit de conhecimento sobre os serviços da atenção primária.
Fatores socioculturais, como medo da exposição pública, dificuldade de relatar situações íntimas a um profissional e não adesão
a determinadas práticas de cuidado também são apontados como empecilhos à adesão desses serviços. Conclui-se que, apesar das
políticas vigentes, há uma baixa adesão dos adolescentes às ações da ESF, destacando-se a necessidade de (re)pensar a saúde
do adolescente e as práticas de cuidado.



Resumo Inglês:

During adolescence, individuals are vulnerable to situations and health problems due to exposure to various risk factors. Thus,
health promotion actions taken within the Family Health Strategy (FHS) contribute to tackle this situation, however, praxis has
revealed a poor connection between teenagers and the FHS. Thus, this study aimed to identify causal factors involved in adherence
to actions of the FHS from the perspective of teenagers. This is an exploratory, descriptive, and qualitative study, conducted with
24 teenagers from a Primary School. Data were collected using a semi-structured interview and they were organized through the
thematic analysis technique. We identified in the results that, despite efforts by the current policies, teenagers have a perception
of health care aimed at the curative model and the hospital-driven rationale, in addition to a knowledge deficit on the primary
care services. Sociocultural factors, such as fear of public exposure, difficulty to report intimate situations to a professional,
and non-adherence to certain health care practices are also mentioned as obstacles to adhere to these services. We conclude
that, despite the current policies, there is a poor teenagers’ adherence to actions of the FHS, emphasizing the need to (re)think
adolescent health and health care practices.



Resumo Espanhol:

Durante la adolescencia, los individuos son vulnerables a situaciones y problemas de salud debido a la exposición a diversos
factores de riesgo. Por lo tanto, las acciones de promoción de la salud adoptadas dentro de la Estrategia Salud de la Familia
(ESF) contribuyen a hacer frente a esta situación, sin embargo, la praxis ha puesto de manifiesto una mala conexión entre los
adolescentes y la ESF. Así, este estudio tuvo como objetivo identificar factores causales implicados en la adhesión a las acciones
de la ESF desde la perspectiva de los adolescentes. Se trata de un estudio exploratorio, descriptivo y cualitativo, realizado con
24 adolescentes de una escuela de educación básica. Los datos fueron recogidos a través de una entrevista semi-estructurada y
organizados a través de la técnica de análisis temático. Se identificó en los resultados que, a pesar de los esfuerzos de las políticas
actuales, los adolescentes tienen una percepción de la atención a la salud dirigida al modelo curativo y a la lógica centrada en
el hospital, además de un déficit de conocimiento acerca de los servicios de atención primaria. Factores socioculturales, como
miedo a la exposición pública, dificultad para reportar situaciones íntimas a un profesional, y no adhesión a ciertas prácticas de
cuidado también se mencionan como obstáculos a que se adhieran a estos servicios. Llegamos a la conclusión de que, a pesar de
las políticas actuales, hay una baja adhesión de los adolescentes a las acciones de la ESF, poniendo de relieve la necesidad de
(re)pensar la salud del adolescente y las prácticas de atención.