Este artigo busca fazer uma análise comparativa de fatores de visibilidade da produção acadêmica e científica dos países africanos de língua portuguesa com os blocos linguísticos que têm o inglês, francês e árabe como línguas oficiais. Especificamente, o trabalho mapeia a presença, classificação e índices de impacto de universidades e periódicos científicos de países africanos nas plataformas Scimago Journal & Country Rank, African Journals Online e Ranking Web of Universities. Quanto aos procedimentos metodológicos, trata-se de uma pesquisa exploratória. Os resultados mostram disparidades significativas, de tal forma que enquanto universidade como a Universidade da Cidade do Cabo na África do Sul e a Universidade de Alexandria no Egito lideram as classificações de melhores universidades do continente, as universidades da África Lusófona têm baixa classificação. O número de periódicos de países africanos de língua portuguesa recuperados nessas plataformas também é reduzido, em contraste com os de países como Nigéria, Quênia, Marrocos e Camarões, que possuem vários periódicos com índices de fatores de impacto considerável. O estudo destaca a necessidade de investimentos em políticas que promovam a abertura das produções acadêmicas e científicas nos países africanos de língua portuguesa, além da promoção de indexação dos periódicos desses países em bases de dados internacionais.
This article presents a comparative analysis of the visibility factors of academic and scientific production in Portuguese-speaking African countries in relation to linguistic blocs where English, French, and Arabic are the official languages. Specifically, it compares the presence, rankings, and impact indicators of universities and scientific journals from African countries in platforms such as Scimago Journal & Country Rank, African Journals Online, and the CSIC’s Ranking Web of Universities. Methodologically, the study is exploratory in nature. The results reveal significant disparities: while institutions like the University of Cape Town from South Africa and the University of Alexandria in Egypt lead continental rankings, Lusophone African universities remain poorly ranked. Similarly, the number of journals from African Portuguese countries speaking indexed in these databases is limited, especially when compared to countries like Nigeria, Kenya, Morocco, and Cameroon, which have several journals with notable impact metrics. The study underscores the urgent need for policies that foster the openness and international indexing of academic and scientific output in Portuguese-speaking African countries.